O Último Desejo: A Origem Da Fantasia Sombria E O Romance Witcher

O Último Desejo: A Origem da Saga Witcher e a Filosofia da Lâmina

O destino de um homem se revela em seus desejos mais profundos. "O Último Desejo", o primeiro livro da saga The Witcher, de Andrzej Sapkowski, não é apenas um início; é um manifesto da Fantasia Sombria e do subgênero Espada & Feitiçaria. É aqui que o bruxo Geralt de Rívia deixa de ser uma sombra e se torna o complexo filósofo e assassino de monstros que conhecemos.

Este livro, estruturado em contos interligados por flashbacks, estabelece as bases de toda a mitologia: desde a filosofia do Mal até o encontro fatídico com a feiticeira Yennefer. Se você busca a fonte original da lenda, prepare-se para ver contos de fadas se tornarem histórias de horror.

O Bruxo na Fantasia Sombria Para ilustrar o post sobre O Último Desejo, precisamos de uma imagem que combine a atmosfera da Fantasia Sombria, o tom de Espada & Feitiçaria e a solidão filosófica de Geralt, como o herói que luta contra monstros grotescos e a maldade humana.  A descrição a seguir foca no cenário do conto "O Bruxo" (da Striga) e no estilo visual que mescla o realismo áspero com a magia sombria:  A arte deve ser uma pintura digital de Fantasia Sombria, executada com a textura dramática e a iluminação intensa das obras de arte clássicas de fantasia, como as de Frank Frazetta ou a estética sombria e detalhada dos jogos Dark Souls/Elden Ring. O tom é de realismo brutal e melancolia.  CENA & AMBIENTE: O cenário é o castelo abandonado de Vizima, à noite, durante a luta contra a Striga. O ambiente é de decadência gótica e ruína, com arcos quebrados e pedra envelhecida. O foco é em uma luz de lua cheia azul-acinzentada, que atravessa as ruínas e ilumina a poeira e o nevoeiro, criando um chiaroscuro intenso.  PROTAGONISTA: Geralt de Rívia está em combate direto contra a Striga. Sua postura é de guerreiro cansado, mas letal, empunhando a espada de prata. A Striga deve estar no topo de uma coluna ou se pendurando no teto como um morcego, em uma pose hostil como se estivesse se preparando para saltar sobre Geralt.  Geralt veste sua armadura de couro habitual (meio oculta por um manto preto com capuz que os bruxos usam para viajar).  Sua espada de prata está desembainhada, refletindo a fraca luz lunar, talvez apoiada no ombro ou na mão. A lâmina brilha levemente.  Seu rosto deve ser focado na expressão: ele está em uma pose de luta, mas com semblante atento, talvez com uma pitada de dor ou cansaço nos olhos amarelos (de gato), mas sua mandíbula é firme. Ele exala a aura do "homem experiente e lendário".  DETALHES SOMBRIOS:  Ruínas: O chão deve mostrar destroços ou marcas de garras e luta, remetendo ao confronto com a Striga, sem que o monstro em si apareça.  Fundo: Na escuridão do fundo, deve haver sombras profundas que parecem esconder formas monstruosas, sugerindo que o perigo não é apenas a Striga, mas o mundo inteiro.  Feitiçaria: Pequenos detalhes de magia votiva ou runas arcanas fracas podem estar riscados nas pedras da ruína ou em uma poção (Elixir) ao seu lado, lembrando o aspecto de Feitiçaria da saga.  PALETA DE CORES: Dominada por azuis gélidos, cinzas escuros e pretos, pontuados por toques de branco pálido (da pele de Geralt e da lâmina) e um vermelho profundo (do sangue seco ou de um símbolo arcano), reforçando a atmosfera de Fantasia Sombria.

O Bruxo e a Fantasia Sombria: A Mística da Striga e a Verdade por Trás dos Contos

A força deste livro reside em pegar contos de fadas familiares e injetar neles o realismo sombrio e a moralidade cinzenta de Velen. O clima de Fantasia Sombria é palpável e aprecio imensamente a forma como ele nos joga em um mundo onde a humanidade é tão perigosa quanto a criatura mais grotesca.

É neste volume que encontramos o conto "O Bruxo", que nos apresenta o icônico e violento combate contra a Striga – a princesa amaldiçoada. Essa luta, que exige não apenas força, mas astúcia e tragédia, é a essência do gênero Espada & Feitiçaria: o embate físico contra o grotesco, mas com uma camada de dor e feitiçaria por baixo.

Mais do que a ação, é a filosofia que marca. O bruxo vive sob um código particular, segundo o qual o mal é o mal, não importa seu tamanho (explorado em contos como "O Mal Menor"). É uma visão direta e brutal, que contrasta com a forma como os humanos relativizam o mal em seu benefício, provando que, em Velen, os humanos podem ser os verdadeiros monstros desta terra.

O Código de Geralt: A Lâmina de Prata e o Preço da Não-Intervenção

Em "O Último Desejo", a natureza das espadas de Geralt é essencial: a lâmina de aço para humanos, e a de prata para as criaturas de magia. Mas o verdadeiro código do bruxo é sua tentativa de neutralidade.

O conto "A Voz da Razão" intercala-se entre os contos, mostrando Geralt em Melitele. Aqui, encontramos a líder das sacerdotisas Nenneke, que serve como guia e curadora. Este é o ponto onde tive minha ressalva como leitor: a dinâmica entre Geralt e Nenneke. Geralt é um homem com a experiência do mundo nas costas, e tem a fama de ser desprovido de emoções. A líder o trata, em certos momentos, como uma mãe cuidando de um filho mimado, aconselhando-o sobre seus problemas (como o de Radovid). Essa dinâmica, no meu ponto de vista, é inconsistente com a figura de um homem experiente e lendário. É uma ressalva que me impede de comprar totalmente essa dinâmica, ao contrário do personagem de Aragorn em O Senhor dos Anéis, que convence muito mais no papel de "homem mais velho do que aparenta" e sábio.

Yennefer e o Romance Fatal: A Mística do Último Desejo

O elemento de romance sensual e feitiçaria explode no conto "O Último Desejo". O encontro entre Geralt e Yennefer de Vengerberg não é um romance comum; é uma atração volátil, perigosa e ligada por magia. Suas interações são intensas e cheias de diálogos afiados, explorando a paixão complexa entre um bruxo que tenta se convencer de que não tem sentimentos e uma feiticeira poderosa. É a união entre a força bruta e a magia sedutora, que atrai tanto o público masculino quanto o feminino.

Embora o conto de Ciri só apareça no livro seguinte (A Espada do Destino), é neste volume que o Destino é estabelecido como o tema central, selando o que está por vir.

Eu ainda estou no começo da saga literária, tendo lido apenas O Último Desejo, mas meu apreço pelo gênero Espada & Feitiçaria e a construção de mundo de Sapkowski me fazem querer continuar a jornada literária. Acompanhei as duas primeiras temporadas da série Netflix e o filme A Lenda do Lobo, o que apenas aprofunda minha vontade de devorar o restante dos livros.

Continue a Jornada: A Espada do Destino Espera!

O irônico, cínico e descrente Geralt de Rívia perambula de povoado em povoado oferecendo seus serviços. Em seu caminho vai driblar intrigas, escolher o mal menor, negociar preços, alcançar o confim do mundo e realizar seu último desejo: assim começam as aventuras do bruxo Geralt de Rívia.  'O último desejo' é o primeiro livro da saga do bruxo Geralt de Rívia, seguido por 'A espada do destino', também publicado pela Editora WMF Martins Fontes.  Fenômeno literário que inspirou a criação do game The Witcher.
Se você se deixou fisgar pela filosofia sombria, pelo romance intenso e pelo código moral de Geralt, a sua aventura está apenas começando. "O Último Desejo" é o fundamento.

Para descobrir a importância do Destino e presenciar a entrada de Ciri no mundo do bruxo, o próximo livro é essencial. Não se contente apenas com a adaptação. O cerne do drama, do folclore e da Fantasia Sombria reside nas páginas da obra original.

Continue sua jornada e descubra os segredos da saga: adquira o próximo livro, "A Espada do Destino", ou o box completo da coleção. Vou deixar três links para os livros abaixo:

Sua compra através desses links não tem custo adicional, mas ajuda o Escriba a forjar novas Crônicas de Espada & Feitiçaria. Que o Destino lhe seja favorável!


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