Crônica De Naralaki: Diário Do Exílio — Primeira Parte

Os Primeiros Dias nas Terras do Exílio

Fui salvo no deserto por um bárbaro, um cimério... Eu estava muito mal para prestar atenção aos detalhes. Ele disse um bocado de coisas e me deu algumas dicas antes de desaparecer em meio a uma terrível tempestade de areia que veio em nossa direção. Para dizer a verdade, não sei como alguém pode sobreviver àquilo. Talvez tanto o cimério quanto eu estejamos, na verdade, mortos e este lugar seja um inferno qualquer.

Eu desmaiei e acordei apenas após a tempestade de areia ter passado. O sol estava escaldante e eu me sentia fraco, a pele ardia sobre a areia. Por sorte, o cimério havia deixado comigo um bornal contendo um cantil e um pedaço de carne, que eu pretendia economizar o máximo possível, até encontrar uma fonte de água e comida naquele mar de areia. Disse para mim mesmo que devia haver alguma salvação para além das dunas no horizonte.

Uma arte digital/pintura a óleo impactante, mergulhada no estilo Sword & Sorcery, com a energia selvagem e terrosa de Frank Frazetta, a iluminação dramática e o realismo muscular de Boris Vallejo, e a paleta de cores rica e textura fantástica de Ken Kelly. A cena foca nos primeiros momentos de Naralaki, nu e desprotegido, em um deserto implacável.  Cena Principal: No centro da composição, Naralaki, o ladrão de Zamora, está em pé sobre a areia escaldante do deserto. Ele veste apenas uma roupa rústica de lona puída, reminiscente de vestes de prisioneiro ou de exilado no universo de Conan Exiles, sem armadura. Seu corpo, atlético e esguio, mas musculoso e definido, está tenso, a pele clara bronzeada e com um tom oliváceo sutil, exibindo as cicatrizes finas de sua vida pregressa. Seu cabelo negro como obsidiana está preso em uma única trança, com as laterais raspadas, contrastando com seus olhos cor de avelã (verde com âmbar), que varrem o cenário com um olhar agudo, analítico e desconfiado, fixo no perigo que se aproxima.  Composição: O enquadramento deve ser amplo, mas focado no isolamento e na vulnerabilidade de Naralaki. A atmosfera é de desolação e ameaça iminente, com a figura solitária do ladrão no centro de um vasto e hostil ambiente.
Eu estava próximo a um acampamento destruído. Havia uma carroça abandonada, corpos caídos e o fogo e a fumaça de um incêndio recente. Alguém deve ter atacado uma caravana de prisioneiros como a que me trouxe para este lugar desolado. Revistei os corpos e os arredores. Encontrei um cantil de água em um baú e um naco de carne assada.

Olhei em volta, analisando os vestígios de antigas ruínas que despontavam na paisagem como os ossos de uma antiga civilização, rasgando as dunas de areia em que estavam mergulhadas. O lugar tinha uma aura de desolação e desesperança. Antes que eu fosse capaz de me sentir sozinho ali, todos os sinais à minha volta e meu instinto me faziam sentir que havia a presença de seres naquele lugar, seres malignos. Vivos ou mortos, eu não queria me deparar com eles naquele estado: nu e desarmado.

Fixei o olhar no horizonte, na direção das enormes formações rochosas daquele deserto ardente. Grandes rochedos de tom avermelhado erguiam-se como uma muralha serrilhada na linha do horizonte, e sobre seus cumes voavam urubus e algo mais... Criaturas aladas enormes que eu jamais havia visto. Pensei que aquilo fosse alguma miragem ou alucinação causada pela insolação. Mas então, enquanto eu caminhava em direção aos rochedos, me assustei com o som de um berro hediondo. Olhei na direção do som e entendi o que eram aquelas criaturas aladas. Um morcego monstruoso e de aspecto humanóide, um pouco maior que uma pessoa muito alta, estava acocorado sobre um baluarte esculpido em uma rocha negra que despontava da areia como um altar. A criatura ergueu a cabeçorra bizarra de uma carcaça da qual se alimentava. Após soar seu grito pavoroso, abriu as asas e saiu voando... Por sorte, não me atacou.

Sobressaltado, respirei fundo e subi no baluarte. Quase me arrependi, pois a carcaça era uma pessoa. Não havia no corpo nada que me parecesse útil, mas um caderno de couro jogado a um canto poderia me fornecer informações úteis. Por sorte, a tia Zenilda me fez aprender a ler e escrever, de modo que eu pudesse lhe ser útil na Dama Peluda, uma das tavernas mais movimentadas na fronteira de Zamora. Guardei aquele caderno no alforje que Conan me deu e segui em frente, apressando o passo o máximo que podia enquanto coletava pedras e galhos para fabricar algumas ferramentas primitivas. Eu já havia escutado histórias sobre esse lugar, mas o que eu mais temia eram as tempestades de areia. Por isso, minha mente estava focada em uma única ideia: levantar um abrigo, o mais rápido possível.

Gameplay de Conan Exiles mostrando Naralaki em uma base rudimentar em um caverna na região inicial do jogo

O Diário da Sobrevivência: A Crônica de Naralaki

Abaixo, os registros dos seis dias que se seguiram:

Dia 2: O Rio dos Novatos e o Culto a Zath

  • Finalmente, cheguei ao grande rio ao sul do Exílio (o "rio dos Novatos", como os contos chamam). A água e a vegetação trouxeram um alívio imediato.

  • Consegui caçar as primeiras criaturas (leves), garantindo um bom estoque de carne.

  • Encontrei um homem pacífico próximo às estátuas sentinelas e consegui algumas informações essenciais sobre a região.

  • Na beira do rio, fui forçado a me defender de humanos hostis em pequenos acampamentos. Meus instintos de Zamora voltaram; usei a furtividade para evitar o confronto direto.

  • Localizei um ponto estratégico no quadrante I3: um acampamento Darfari (Span de Narrowneck) próximo, mas não tão perto que fosse um perigo imediato. Decidi erguer um pequeno acampamento ali.

Dia 3: Forjando a Teia

  • Dediquei o dia inteiro a juntar recursos vitais: ferro, pedra e madeira. O trabalho bruto é tedioso, mas necessário para a sobrevivência.

  • O acampamento foi ampliado para comportar mais do que apenas um abrigo temporário.

  • O mais importante: usei parte do ferro coletado para construir um Altar para Zath. A fé é um luxo, mas para um ladrão, a astúcia de Zath é uma arma.

  • Usei a adaga de Zath para obter o sangue das minhas vítimas. No altar, fabriquei os primeiros Globos de Yezud. Esses globos de veneno e ilusão serão minha arma; um substituto para a força bruta. Comecei a armazenar uma boa quantidade.

Dia 4: O Arsenal e a Caça

  • Construí as primeiras bancadas de trabalho, essencial para fabricar ferramentas melhores e, finalmente, uma armadura simples (leve) que não restringisse meus movimentos.

  • Iniciei o curral: precisarei de animais de carga para a pilhagem futura.

  • Minha primeira grande conquista: capturei um filhote de Lombo-Grosso. Sua resistência será essencial para carregar peso. Iniciei o treinamento para que ele se acostumasse a carregar e enfrentar pequenos inimigos.

Dia 5: Risco e Recompensa

  • Parti em busca de mais ferro no perigoso acampamento da Mão Negra (Ponto Mirante, J5).

  • Encontrei algo mais importante: filhotes de cavalo. Eles garantirão a velocidade de que um ladrão precisa para fugir com o espólio.

  • A ganância quase me custou caro. Tentei obter mais ferro nas proximidades, mas um vigia da Mão Negra atacou. O Lombo-Grosso lutou bravamente, mas foi derrotado e ficou gravemente ferido. Usei minha única poção de cura no animal e matei o vigia por fúria, fugindo em seguida com o Lombo-Grosso e os potros resgatados. Uma lição amarga sobre o risco.

Dia 6: O Poder da Ascensão

  • Retornei ao curral focado na obsessão pela força. Decidi tentar criar um Lombo-Grosso Enorme no curral, um animal de estimação mais poderoso e resistente.

  • Instalei armadilhas de pesca no rio para conseguir o alimento favorito do Lombo-Grosso, na esperança de que uma alimentação superior aumentasse a chance de obter a versão maior.

  • Após a criação de vários Lombo-Grossos de tipos diferentes, a paciência do ladrão foi recompensada: consegui um Lombo-Grosso Enorme!

Gameplay de Conan Exiles mostrando Naralaki em uma base inicial mais estruturada após alguns dias no jogo, com um curral grande para vários animais

Dia 7: A Exploração e o Plano de Ataque

  • Com o Lombo-Grosso Enorme, mais forte, iniciei uma jornada de treino em direção ao sudeste. Cheguei a um prado de altitude em uma montanha (L4), com vista para uma imensa floresta tropical.

  • O prado estava repleto de perigos, como rinocerontes e panteras. Consegui capturar dois filhotes de pantera (ótimos guardiões para o acampamento) e um filhote de rinoceronte (uma montaria robusta para o exílio).

  • A jornada durou um dia e uma noite inteiros, mas o resultado foi lucrativo. Consegui criar mais um Lombo-Grosso Enorme. O rinoceronte será minha montaria de força.

  • Agora, com meu pequeno exército de animais de estimação, o foco se volta para o acampamento Darfari próximo. Preciso medir minhas forças e avaliar os pontos fracos de minha estratégia. Com sorte, convertirei prisioneiros em seguidores fiéis e usarei os Globos de Yezud para saquear as riquezas desse povo temível.

Gameplay de Conan Exiles mostrando Naralaki em uma base inicial mais estruturada após alguns dias no jogo


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