A FORÇA DO KETTLEBELL CONTRA A DÚVIDA: UM PERGAMINHO MANCHADO DE TINTA

Após um longo dia de batalha, todos sentem o peso da labuta, desde o bárbaro mais selvagem até o mago mais obstinado. 🗡️

Sentado em frente a uma pequena fogueira em meu acampamento, escrevo com uma pena embebida em tinta preta sobre um pergaminho envelhecido.

Foi um dia quente de primavera. O sol não deu trégua por um só instante durante seu trajeto pelo firmamento.

Um bárbaro arcanista em sua arena de treinamento, cercado por kettlebells no chão da arena

No campo de batalha, o clima de rivalidade foi típico. Passei a maior parte do tempo resolvendo problemas recorrentes que já deveriam ter sido resolvidos por outras pessoas sobrecarregadas por uma rotina louca – líderes que pensam em nada além de terminar cada dia de luta com vida. Para levar a tribo adiante, é preciso esquecer o medo da morte e se dispor a arriscar tudo e todos nos momentos certos, mas essa é uma lição que cada um aprende a seu tempo, quando vive o bastante para isso.

Fiquei exausto, não com o peso do meu martelo de guerra, mas com uma arma ainda mais perigosa: a política.

Negociações com tribos vizinhas e promessas feitas com a intenção de postergar o derramamento de sangue para outra estação; uma que seja mais favorável para um lado do que para outro, fazendo cada parte achar que terá a vantagem no momento oportuno. Quando, na verdade, cada um deve fazer do agora o seu momento oportuno.

No fim do dia, voltei para o meu acampamento. Era já noite quando pisei na fronteira das minhas terras, meu lar na encosta de uma velha colina, de frente para um longo vale cortado por um córrego.

Minha garganta, seca como terra rachada, pedia por água fresca. Após alguns goles refrescantes na cozinha e um beijo de minha senhora, deixei o bornal em minha alcova na fortaleza e saí para uma ronda, acompanhado por minha fiel e idosa loba companheira.

Um bárbaro arcanista em sua arena de treinamento, cercado por kettlebells no chão da arena

Durante o trajeto, ambos atentos às sombras, sabíamos que o silêncio da noite era uma falsa promessa de paz. Então, como de costume, aproveitei a caminhada para praticar o manejo da espada, pois nunca se sabe quando um perigo qualquer saltará das sombras sobre nós. Quando isso acontecer, será o treino que fará a diferença entre vida e morte.

De volta à fortaleza, segui para a arena, no fundo da qual um grande baú de madeira rústico, que eu mesmo construí em meu tempo livre, guarda meus Kettlebells; instrumentos ancestrais para forjar um corpo e uma mente capazes de enfrentar as mais árduas batalhas.

O treino foi intenso, e o calor sufocante dessa noite seca de primavera me fez sentir como se estivesse em uma savana.

Eis minha rotina de força na arena:


  • Farmer Walking:
    Carregando quatro Kettlebells por uma distância de 30 metros, com um peso de 40 kg em cada mão (total de 80 kg), os braços pendendo ao lado do corpo, core e ombros rigidamente contraídos. Total de cinco voltas.

  • Farmer Walking Acima da Cabeça: Carregando dois Kettlebells por uma distância de 30 metros, com um peso de 20 kg em cada mão (total de 40 kg), os braços acima da cabeça, core rigidamente contraído, bíceps próximos das orelhas. Total de cinco voltas.

  • Long Cycle: Cinco minutos com um Kettlebell de 28 Kg, alternando os braços;

  • Long Cycle: Cinco minutos com um Kettlebell de 24 Kg, alternando os braços;

  • Long Cycle: Cinco minutos com um Kettlebell de 20 Kg, alternando os braços.

Eu me sentia cansado e receoso quando cheguei em minha fortaleza, me perguntando se eu estava trilhando o caminho correto por estas terras selvagens e ingratas. O dia sempre é curto para toda a minha ambição, e a conquista é um prêmio que se alcança tão lentamente que às vezes é impossível notar qualquer avanço.

Um bárbaro arcanista em sua arena de treinamento, cercado por kettlebells no chão da arena (foto modifica por IA, para mudar o fundo e remover o celular da mão esquerda)

Após o treino na arena, eu não tinha mais nenhuma dúvida de que estou no caminho certo. O peso do ferro esmagou a incerteza, a resiliência foi novamente reforjada no ardor da superação. Como diria Pavel Tatsouline (um guerreiro nascido nas terras gélidas dos Ursos do Leste), "se a fraqueza é uma doença, o Kettlebell é a cura".

Resolvi sentar em frente a uma pequena fogueira e, após uma refeição frugal e alguns goles de água de coco gelada e refrescante, registrei esta pequena crônica bárbara e rudimentar. Que, após meus ossos virarem pó ao vento, os ecos desta existência ainda possam percorrer o mundo, exatamente como meu sangue corre em minhas veias, fazendo o coração bater como uma canção de trovão e fúria.


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