Novidades de Halloween: uma coleção sombria e um novo nome autoral

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Ho Ho Ho, o Halloween chegou. 🎃

Não pude antecipar nenhuma postagem para hoje, pois, como sempre, estou com os prazos apertados, como aquele coelhinho branco que a Alice persegue até um mundo estranho e enigmático.

Em todo caso, mesmo não sendo um coelho, estou de certa forma atrasado para chegar em um mundo estranho e enigmático e que é... Bem... Este aqui, se é que você me entende.

Sendo assim, acho que essa é mais uma página no meu diário de escrita ou, se preferir, do meu diário de "um autor indepente".

Neste halloween eu pretendia começar a publicar alguns contos curtos que escrevi ao longo dos anos e que, na verdade, ainda escrevo nas pausas entre projetos literários maiores (acredite, eles existem). Como muitos destes contos possuem como cenário tanto paisagens urbanas como rurais inspiradas neste vasto e complexo Brasil, eu resolvi chamar esta coleção de contos de Trópico Sombrio, pois eles transitam em diversas temas e nuances da Fantasia Sombria, um pouco do gótico e também do absurdo.

Para dar uma ideia da variedade e do tipo de contos curtos que pretendo reunir nessa coleção, peço que você imagine acordar e encontrar uma barata tomando café na sua cozinha enquanto lê um jornal e assiste à TV. E que tal conversar com uma misteriosa "Boca de Lobo" sobre a essência da alma humana? Para além do clima absurdo, há também mistério e medo, quando precisamos reunir coragem para visitar uma casa assombrada em um vilarejo isolado no meio da floresta tropical mais antiga da América do Sul ou quando precisamos enfrentar uma revolta de robôs que lutam contra a escravidão em um cafezal no interior de São Paulo.

Mas eu vou precisar publicar esse contos aos poucos e, para começar, vou disponibilizar hoje na Amazon o "Uma Barata toma Café".

Eu também passei um longo tempo me perguntando como criar um nome autoral interessante para o tipo de histórias que eu gosto de escrever sem, contudo, precisar abandonar o meu próprio nome e que ainda mantivesse alguma ligação com um dos meus sobrenomes e preciso dizer que esse processo, para mim, é uma verdadeira luta interna... Ok, talvez esteja mais para uma guerra, uma vez que estou nesse processo tortuoso a algum tempo.

Não sei se outros escritores e escritoras tem a mesma dificuldade que eu tenho para pensar em como se apresentar como escritores, mas imagino que a minha dificuldade resulta; em grande parte, do fato de eu pensar demais nas coisas. Por um lado isso pode ser bom, mas por outro, pode te deixar travado por bastante tempo.

Enfim, resolvi publicar minhas histórias sobre o nome Éder de Selvamar. Afinal de contas, Éder da Silva não significa outra coisa senão "Éder da Selva" e quem já leu algumas de minhas histórias sabe o quanto a natureza é um elemento importante em meus cenários e às vezes até mesmo em meus enredos. 

Pensei em mudar um pouco meu nome autoral, pois há muitos escritores hoje em dia, inclusive que se chamam Éder e convenhamos: os meus sobrenomes são suficientemente comuns para que confusões com nomes possam ocorrer. Quer eu escolhesse usar Éder da Silva, Éder Paiva, Éder Vasconcelos ou Éder Gonçalves, as chances de haverem outros "Éder" que escrevem sobre outros temas e que possuem sobrenomes parecidos é grande (acredite, eu pesquisei antes).

Agora, caso alguém aí esteja se perguntando o porque de "Selvamar", bom, aí vai: eu sempre adorei a sonoridade do título "O Feiticeiro de Terramar" de Ursula K. le Guin e, agora que eu li o livro, gosto ainda mais da sonoridade e do significado. No mais, tanto os termos Terramar como Selvamar me lembram de algumas semelhanças que vejo nos cenários de "O Feitiçeiro de Terramar" com a vila de Ergatan, sobre a qual escrevi em um livro cujo título até hoje não me agradou e que pretendo mudar (conforme já relatei em meu blog antes). Falo de "Os Demônios de Ergatan".

Claro, a semelhança de cenários a qual me refiro entre "O Feiticeiro de Terramar" e Ergatan é muito pequena, até porque eu nunca me inspirei em Terramar para escrever o meu livro, afinal, eu só li "O Feiticeiro de Terramar" muitos anos após ter terminado e publicado "Os Demônios de Ergatan". Ainda assim, devo dizer que percebi algumas semelhanças em alguns cenários, pelo simples fato de que em Terramar há muitas comunidades que vivem do mar, à beira da praia, afinal, este é um mundo que se baseia em um incrível arquepélago fantástico.

Em contrapartida, Ergatan está em um pedacinho de um enorme continente; mas é um pedacinho à beiramar, com toda uma selva inóspita e povoada por criaturas predatórias atrás de si, isolando a comunidade pesqueira e rural de Ergatan em um povoado que, apesar de já ter conhecido tempos melhores, encontra-se em decadencia.

Acredito que escolhi o título Selvamar para resolver esse problema que eu tinha com o nome original dessa obra: Os Demônios de Ergatan foi um título que nunca me agradou de verdade, mas foi o melhor que eu pude fazer na época. Esssa é uma história que se passa em um vilarejo isolado entre a selva tropical e um mar bravio e assolado por feras marinhas e por piratas ferozes. Então, o título Selvamar me parece bastante natural para este cenário e ele resume em grande parte o tipo de coisa sobre o qual eu gosto de escrever. Há criaturas selvagens lá, há uma floresta sinistra, há criaturas pré-históricas, há um mar assolado por piratas, há um clima de mistérios e segredos em meio às brumas tropicais e andarilhos enigmáticos trazem consigo um estopim para grandes mudanças quando chegam por lá à procura de um terrível feiticeiro e acabam esbarrando em um fantasma sedento por vigança. Ah, sim, eu penso em mudar o título desse livro para Os Andarilhos de Selvamar ou talvez O Vilarejo de Selvamar.

Seja como for, é daí que resolvi adotar o título Éder de Selvamar e é com esse título que inauguro Trópico Sombrio (ou pelo menos é com este nome que pretendo, se a plataforma colaborar comigo).

Nessa semana de Halloween deixarei na Amazon o conto Uma Barata Toma Café, mas estou atrasado com isso, por causa de alguns problemas com o aplicativo disponível para carregar o conto. Aparentemente ele não quer que eu publique  a história sobre outro nome de autor e está fazendo uma enorme confusão com isso.

Então este é um resumo do Halloween de um autor independente mergulhado em atraso e obsitinada teimosia em fazer as coisas acontecerem; apesar dos problemas e outros compromissos.

Espero que tudo esteja resolvido até a minha próxima postagem sobre o assunto.

Agora, preciso ir, afinal, a noite de Halloween está só começando... 🎃

Eu usando uma máscara do Jason de sexta-feira 13 no dia de Halloween ou, se preferir, dia das bruxas