Primeiras Impressões - O Historiador

Uma torre gótica
imagem gerada pelo Wombo Art

O HISTORIADOR: PRIMEIRAS IMPRESSÕES


Já havia ouvido falar do livro “O Historiador” de Elizabeth Kostova. E havia ouvido falar bem. Mas talvez o fato de ele falar sobre “vampirismo” ou; para ser mais específico, sobre o famoso – talvez não tão famoso nos dias que correm – Conde Drácula, eu me deixei levar por certo “preconceito” em relação a esta temática. Isto porque está na “moda” livros e séries sobre vampiros que em sua maioria não estão a altura de uma verdadeira história de vampiros.

“E porque não?” Você pode acabar me perguntando. Eu devo então esclarecer que neste aspecto, ao meu entender, os livros da “nova geração vampiresca” falam sobre vampiros que não retratam o vampiro clássico. Estão mais para “adolescentes vampirizados” sofrendo de problemas amorosos (me refiro neste caso à saga Crepúsculo de Stephenie Meyer) ou “super-vilões vampirizados” que querem dominar o mundo (neste caso faço referencia aos livros sobre vampiros de André Vianco). E além desses dois exemplos há uma porção de obras que retratam os vampiros nestes moldes, digamos, mais modernos.

Claro que, esta nova tendência não é em si um problema; afinal há quem goste desses livros. Assim como há quem desgoste (ou talvez nem conheça) de Drácula (obra de Bram Stoker) e desta obra mais recente (mas em moldes diferentes da corrente atual) “O Historiador” de Elizabeth Kostova.
Tudo resume-se a uma questão de gosto e o meu fica com as obras mais “fiéis” ao retrato do vampiro “Bram Stokiano” – se pudermos chamá-los desta forma. E neste caso quero dizer que prefiro livros como Drácula e O Historiador.

Caso alguém lembre-se aí dos livros de Anne Rice, eu digo que não os julgarei ou classificarei, isto porque tudo o que sei a respeito desta autora e sua obra é o que meu irmão e um amigo me disseram a seu respeito e tudo o que vi no filme “Entrevista com Vampiro” – e creio que não é nada prudente julgar um livro por seu filme. Certo?

Bom prossigamos.

Não li “Drácula” ainda, mas o pouco que sei sobre ele através do que já li em “O Historiador” o colocou sem sombra de dúvidas em minha lista de leitura. Não que eu seja um leitor fanático por “vampirismo” (longe disso na verdade), mas como escrevo sobre fantasia sempre busco ler todo tipo de obra que possa me dar alguma inspiração.

Agora vamos para o tema deste POST; as primeiras impressões da obra que consagrou Elizabeth Kostova, “O Historiador”.

Até onde eu li (ainda não completei a leitura) o livro lembra o estilo adotado por Dan Brown (O Código da Vinci, Anjos e Demônios e O Símbolo Perdido), ou seja, a autora mistura fatos históricos reais com fatos fictícios, criando um ambiente instigante e que conseguimos facilmente assimilar. Esta mescla de realidade e ficção até aguça a curiosidade do leitor, que começa a se interessar – eu pelo menos me interessei – pelo que a história realmente fala sobre os eventos citados no livro e que possuem relação com a figura histórica que inspirou a criação de Drácula – Vlad Tepes, o Empalador.

A história é narrada pela autora – que também é a personagem principal – misturando as suas próprias memórias com as memórias de seu pai e do mentor de seu pai. Assim temos sequencias de flashbacks dentro de outros flashbacks que fazem com que a história seja movimentada e esclarecida.

Elizabeth Kostova é uma autora bastante descritiva; ela narra com riqueza de detalhes os ambientes e as situações nas quais os personagens se encontram. Há quem diga que isso torna o livro cansativo – também já ouvi muitas críticas deste tipo em relação a outro autor; Tolkien -, mas eu gosto desta riqueza de detalhes tanto quanto essas pessoas desgostam. E para ser franco, essa característica de Elizabeth Kostova torna o seu livro ainda mais interessante, pois ela consegue levar qualquer leitor, de qualquer nacionalidade, para os ambientes por ela descrito. Coisa que Dan Brown já não faz com o mesmo “esmero”, ao menos no que se refere ao seu livro “O Símbolo Perdido”, em que senti falta de uma descrição mais rica dos cenários nos quais a aventura transcorria.

A minha edição da obra é da editora Objetiva sobre o selo Ponto de Leitura– texto totalmente na íntegra – e em sua contra capa somos informados que “O Historiador” já foi publicado em quarenta idiomas. Outra curiosidade sobre a obra – e que me instigou a vencer meu preconceito e arriscar-me em suas 902 páginas – é que a autora pesquisou durante dez anos sobre Vlad (o Conde Drácula real no qual Bram Stoker se inspirou) para escrever o livro.


Estas são as primeiras impressões que tenho a dar sobre “O Historiador”.

E para quem gosta de histórias de vampiros aguardem... Falarei mais sobre o livro de Elizabeth Kostova – assim que avançar mais em sua leitura - e quem sabe eu não venha a falar também sobre Bram Stoker, Anne Rice, André Vianco e outros.

Até o próximo POST.