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Uma nova fortaleza nascerá no gélido Norte
Templos sombrios coroarão as suas torres
De onde espreitarão os oito olhos do deus-aranha Zath,
que ao inimigos traz a morte
O vale branco à frente é uma floresta habitada por terrores
cobertos por um vasto manto branco
que se parece com gélidas flores,
mas que são pétalas gélidas de neve,
que voam ao sabor do vento uivante.
Neve que desce desde o pico das altas montanhas,
soprando o frio e também a fumaça e a escuridão
que um vulcão sinistro e furioso arrota de suas entranhas.
Esta não é uma terra amiga e afável,
é uma terra sinistra e desconfortável,
habitada por feras perigosas
e criaturas estranhas,
cujas presas de marfim e dentes de sabre
vão empalar os seus descuidados visitantes.
Se você é otimista
e acha que para vir até o norte,
basta ter alguma sorte,
saiba que o que te espera
nesta terra derradeira
é uma fria e rápida morte.
A face do temível deus-aranha irá encarar os campos gelados à sua frente,
onde a morte passeia livre como o vento gelado e estridente,
e os corpos daqueles que tombam empalados por presas de marfim e dentes de sabre,
são cobertos pela neve que cai dos picos das montanhas
como uma mortalha branca e resplandecente.
— ode aos campos gélidos do exílio, Éder S.P.V. Gonçalves
Eu estive (ou talvez eu ainda esteja) em um momento de saudosismo em relação aos mundos de espada e feitiçaria. Faz um tempo que eu não trabalho nas minhas próprias sagas de espada e feitiçaria, mas tenho revisitado alguns textos antigos enquanto planejo a retomada desse projeto literário para o próximo ano (vocês podem ler um pouco mais sobre isso no post O Ataque da Estrela Negra e no post O Povo das Mandalas Errantes). Como resultado, forças obscuras entraram em ação e, quando vi, estava eu de volta às terras do Exílio em Conan Exiles, usando minha armadura da legião silenciosa para continuar meu projeto de construir uma terceira base de comando no extremo norte. Nesta missão precisarei ir e vir de vários lugares desta vasta terra indômita: inclusive da minha Fortaleza impenetrável no Sul (que chamo de Torre de Mordor) e da minha grande cabana na Savana (que eu ainda vou reformar).
Claro; já enfrentei muito inimigos (como o velho Pés de Trovão: um poderoso elefante nível 3 caveiras que aparece no vídeo abaixo) e sei que ainda enfrentarei muitos outros. Alguns eu irei derrotar (como foi o caso com esse grande e nervoso elefante) e outros irão me massacrar completamente (como foi o caso com o Avalanche: um Rochifre Rei com quem cruzei caminho por acaso). Mas os altos e baixos, os dias bons e os dias ruins são esperados em um mundo selvagem e indomável como as terras do Exílio. Forças sombrias estão sempre à espreita e há também aquelas pessoas que não nasceram para a paz e o descanso; em cujas veias corre o espírito da tormenta, mensageiros da violência e do derramamento de sangue que não sabem viver de outra forma.
Sim, hoje eu vou jogar conversa fora sobre jogar Conan Exiles; esse passa-tempo que tem tudo a ver com quem gosta de histórias de fantasia sombria e espada e feitiçaria. Não pretendo escrever um tutorial sobre o jogo; apenas papear sobre as minhas últimas aventuras (ou desventuras, conforme o ponto de vista) e te convidar a opiniar sobre esse game e sobre esse gênero tão rico e fascinante da espada e feitiçaria.
De fato, o game produzido pela Funcon é uma ótima adaptação do universo criado por Robert E. Howard e, ainda por cima, esse RPG de ação e aventura incorpora vários elementos H.P. Lovecraftinianos da era era Hiboriana que aludem a um subgênero literário chamado de horror cósmico, que fala sobre criaturas inimagináveis para a compreenção humana (Howard e Lovecraft eram amigos em vida; Howard inclusive já admitiu em cartas que o universo de Conan o Bárbaro é o mesmo universo das histórias de Lovecraft e ele faz menções em vários de seus contos sobre criaturas típicas do horror cósmico criado por Lovecraft).
Vemos tudo isso em Conan Exiles: um vasto continente, povoado por facções humanas em estado bárbaro que tentam sobreviver e prosperar em uma terra habitada por feras selvagens, por demônios, por mortos-vivos, monstros e pelos fantasmas de antigas civilizações cujas histórias e segredos macabros ainda pulsavam debaixo da terra; em ruínas nauseabundas e masmorras sombrias, habitadas por aranhas e outros terrores inimináveis e indicritíveis.
Da última vez que joguei Conan Exiles, a atualização do capítulo 1 da temporada Age Of War ainda não havia sido lançada. Com isso vocês podem fazer alguma ideia do quanto enferrujado eu estava quando voltei a jogar a poucos dias. E em um jogo de mundo aberto como esse, ficar sem jogar por alguns meses e depois voltar é quase como ser apresentado para um jogo novo.
Isso é comum em jogos de mundo aberto online, pois estes são jogos que não possuem como objetivo completar uma missão ou história para se "zerar" ou "finalizar" o jogo, completando suas missões. A "lore" ou "história" desse tipo de jogo até existe, mas ela é evoluída temporada após temporada e seu principal objetivo não é criar uma missão a ser completada, mas sim servir de pano de fundo para novas atualizações (novos itens, inimigos, recursos, etc). Sem contar que, como esses jogos também permitem a coperação e a competitividade com outros jogadores online, existe ainda a possibilidade de cada player ou conjunto de players criarem suas prórpias missões, competições e histórias próprias, como em um verdadeiro RPG de mesa.
Conan Exiles é de fato um jogo bastante dinâmico e isso é ótimo... Ótimo e desafiador.
Por exemplo, me deparei com inimigos novos em regiões já conhecidas por mim e que eu usava como rotas "seguras" entre locais de interesse em minhas andanças. Um Rei Rochifre 3 Caveiras (o maior nível de um inimigo nesse game) matou um dos meus seguidores nomeados (que eu estava treinando, para evoluí-lo ao nível máximo). Eu descobri depois, pesquisando no wiki do fandom de Conan Exiles para escrever esse post que esse ser é uma das criaturas lendárias do jogo e chama-se Rockslide (Deslizamento de Rochas ou, se você preferir: Avalanche).
O lugar onde esse lacaio foi morto fica entre o quadrante D7 e D8, no final de uma trilha pela qual é possível cruzar um trecho das ruínas que levam atá a cidade sem nome (conforme a imagem abaixo, em que circulei a área com circulos amarelos):
Por falar nisso, eu fui bater um papo com Jhebbal Sag para conseguir algumas flores de lótus (a minha estava acabando), pois eu queria preparar algumas receitas especiais para produzir Rochifres Veio-de-Ouro e Veio-de-Prata. Mas aí está um triste fato sobre esses Rochifres especiais: eles são muito difíceis de se conseguir.
Após comprar uma centenas de ovos de Rochifre da senhora Shawna Extravagante (até agora eu não entendi a graça nesse raio de nome dessa NPC, mas enfim) e deixá-los chocando na composteira (sim, os ovos só chocam depois de um longo tempo na caixa onde usamos extrume e vegetais para preparar adulbo) e levar os filhotes recém chocados para os currais mais avançados que existem no jogo e preparar as receitas bastante caras (você precisa conseguir ouro e prata e flor das sombras para criar as receitas que alimentam essas criaturas de pedra e aumentam as chances de um desses infelizes nascerem como Veio-de-Ouro ou Veio-de-Prata). Apesar de todo esse esforço, eu não consegui nenhum Rochifre especial; nem mesmo um Rochifre enorme... Só consegui Rochifres comuns. Sei que não estou fazendo nada errado com as receitas (eu sei, por que já consegui a proeza de criar 3 Rochifres Veios-de-Prata e 1 Rochifre Veio-de-Ouro no passado, e estes Pets estão em minha fortaleza impenetrável nas terras do Sul).
Talvez seja alguma mudança nas atualizações recentes do jogo ou talvez seja apenas azar mesmo. O fato é que minha missão foi um fracasso e ainda perdi um valioso lacaio na empreitada.
O jeito é ver o lado positivo: eu tenho um exército de Rochifres para defender minhas fortalezas. Além disso, Rochifres comuns também possuem algumas utilidades: em uma base remota como a que eu estou construindo no extremo norte, Rochifres comuns podem comer pedra comum e produzir Ferro e Cristal. Tudo bem que é possível conseguir ferro em abundância no norte, mas o Rochifre facilita o nosso trabalho. Quanto ao Cristal: as minhas conhecidas ficam no Sul e na área central (próximo à Savana), de modo que os Rochifres comendo pedras em Currais podem poupar viajens desnecessárias até estes locais para conseguir cristal (usando em várias fórmulas, inclusive para fazer recipientes com água, usados em várias poções alquimicas, feitiçoes e até tinturaria).
Outro ponto positivo é que durante minha desventura, eu encontrei uma Masmorra (ou Dungeon) que eu ainda não tinha explorado e, embora eu não tenha ido muito fundo nela, consegui derrotar um inimigo que dropou uma arma poderosa: o machado do Guardião do Portão (embora eu ainda não tenha encontrado nenhuma arma mais poderosa que o Machado do Leão).
Rambém me deparei com filhotes de dente de sabre na Dungeon do Jhebbal Sag. Não sei se isso tem algo a ver com as recentes atualizações ou se eu simplesmente não prestei atenção nessa Masmorra nas minhas incursões anteriores. Apesar de tudo, mesmo tendo tentado produzir um Dente de Sabres especial (assim como os Rochifres) preparando alimentos especiais temperados com pó de Lótus das Sombras, eu só obtive um Dente de Sabre comum mesmo.
Toda essa movimentação é para poder levar recursos e aliados para a minha nova base no extremo norte. Minha fortaleza nessa região fica próxima ao Templo do Gelo (cheio de Gigantes, filhos de Ymir) e embora eu já tenha começado a ergueer seus muros e tenha criado um galpão principal, ainda há muito o que fazer por lá. No topo do "galpão" eu construi um templo em honra ao deus Zath e o evoluí até o estágio 3 (o nível máximo de um templo). O templo ficou lindo com a estátua de uma pavorosa aranha gigante observando de cima da minha torre para a floresta gelada à frente. Atrás da minha fortaleza á possível ver os veios de magma do enorme vulcão que há nas redondezas. Agora falta conseguir um sarcedote para o templo (se é que existem sacerdotes de Zath, pois até hoje nunca encontrei nenhum) e algumas dançarinas vestidas como sacerdotisas de Zath para serem posicionadas orando em volta do templo. Isso vai criar um clima mistico para o lugar. Porém, vejo que já vou ter que reformar o lugar: o espaço em volta do templo não ficou grande o bastante para que se possa deslocar nele e posicionar mais pessoas por lá. Um dos vídeos abaixo é do momento em que o meu templo evolui para o nível 3, mas não mostra muito bem o espaço, mas dá uma noção de como estou criando um ambiente bem sombrio e aterrador por lá: é impossível que almas soturnas achem um lugar mais acolhedor que esse por lá. Os outros vídeos mostram um pouco a faixada frontal da fortaleza, mas não mostro muito por dentro. Voltarei no futuro com mais informações sobre esse meu passa-tempo e aproveitarei para mostrar com mais detalhes essa fortaleza.
Nem tudo são flores neste reino gélido e inóspito. Eu descobri que os meteoros constantes que borbadeiam essa imensa região de gelo e que disseminam o metal das estrelas nas terras do exílio podem cair bem na porta de "casa"; e eu estou falando literalmente quando digo isso. Eu quase morri após um meteoro atingir a frente da minha fortaleza, caindo a alguns metros do meu personagem (pena que não me liguei de gravar esse momento em que eu perdi metade da vida em um piscar de olhos; isso porque eu estava com a armadura da legião silenciosa, uma das mais fortes do jogo).
Nesse momento uma dúvida me ocorreu: será que os meteoros podem atingir a minha construção e destruir seus muros?
Esse é mais uma das coisas que acho divertido em Conan Exiles; a natureza inóspita e selvagem está sempre nos desafiando das formas mais imprevistas.
Será que a minha base no Norte vai prosperar ou será que serei derrotado pela natureza rebelde e intempestiva?
Há muita coisa que eu gostaria de fazer nessa "temporada" antes do final de ano...
Talvez eu volte aqui para jogar conversa fora sobre jogar Conan Exiles.
Pretendo usar alguns mapas online que podem ser muito úteis para descobrir onde encontrar as coisas que eu quero nas terras do Exílio (onde como não encontrar coisas que eu não quero: como uma Avalanche mortal pronta para ceifar meus lacaios em fase de treinamento). Caso você também goste de Espada e Feitiçaria e RPG e queira se aventurar em Conan Exiles ou, se você já for um aventureiro ou aventureira (provavelmente mais experiente que eu) nas terras do Exílio, recomendo os mapas abaixo:
Este é um mapa online muito útil para descobrir onde, nas terras do Exílio, encontrar uma porção de coisas desejadas (de animais filhotes a minas de prata e cristal). Este aqui é outro mapa online também muito útil das terras do Exílio em Conan Exiles.
Hoje eu fico por aqui Exilados. Até a próxima jornada por este mundo bárbaro e selvagem 🗡