Pluto: inteligência artificial e arte em um animê fenomenal

 estilo de arte de osamu tesuka. robô de cor preta e com chifres compridos que soltam relâmpagos, com seis metros de altura, aspecto medonho, olhos brilhantes e cujo nome é pluto, robô sombrio e violênto

🤹‍♂️

Antes de mais nada, eu preciso dizer que se eu tivesse que resumir esse animê em uma só palavra, esta seria: emocionante.

Pluto é uma daquelas histórias carregadas de temas complexos, explorados com uma sensibilidade tão certeira e apurada que poderia ser comparada a um bisturi emocional. O animê é repleto de episódios e momentos emocionantes, mas o que mais me surpreendeu foi o primeiro episódio e vou dar alguns spoilers sobre ele nesse texto. Além disso, em um mundo em alerta com o tema da Inteligência Artificial, com ferramentas como o ChatGpt preocupando trabalhadores e artistas quanto ao futuro de seus empregos e sobre indagações como "robôs podem fazer arte?" e "robôs vão roubar empregos?", certamente esta é uma história muito relevante.

Mas primeiro vamos a uma rápida resenha com informações gerais sobre Pluto...

Resenha

Pluto é um animê da Netflix baseado no mangá homônimo de Naoki Urasawa, que por sua vez é uma reinterpretação do arco “O Maior Robô da Terra” do clássico Astro Boy de Osamu Tezuka. A série conta a história de Gesicht, um detetive robô da Europol que investiga uma série de assassinatos dos robôs mais avançados do mundo e humanos ligados a um comitê que foi responsável por investigar o país chamado Pérsia à respeito da existência de robôs de destruição em massa, levando esse país a uma guerra catastrófica mesmo sem a existência de provas concretas sobre a existência desses supostos robôs de destruíção em massa. O assassino, no melhor estilo "serial killer" sempre deixa uma assinatura peculiar nas cenas do crime: um par de cifres improvisado com o que estiver à mão no local: galhos, vigas meálicas, braços, etc. Em meio à sua busca pelo culpado, Gesicht se depara com Atom, um robô avançado que questiona sua própria identidade e emoções. Ele também entrevista um prisioneiro robô; Brau-1589, sobre suas suspeitas acerca do assassino e Brau, por sua vez fala que haviam vários deuses na europa, os quais possuíam chifres; como Hades, senhor do submundo na mitologia grega e sua versão Romana: Pluto.  Certamente Brau sabe muito mais do que revela com suas frases misteriosas e sarcásticas, às quais se propõe a provocar o detetive robô; pois segundo Brau, Gesicht sabe do que se trata a série de assassinatos. O que será que ele quer dizer com isso? Em sua busca, Gesicht descobre uma conspiração que ameaça a paz entre humanos e robôs e que envolve o misterioso robô chamado Pluto.

Pluto é um animê que aborda temas como a inteligência artificial, a ética, a identidade, a memória, a guerra, a violência e a arte. Inclusive, na sua crítica à guerra, o animê faz referência à invasão real do Iraque pelos EUA em 2003, embora o nome dos países apareça de forma alterada: Estados Unidos da Trácia e Pérsia são os nomes utilizados pela obra. A série explora as complexidades e os dilemas dos robôs, que possuem personalidades, sentimentos e aspirações, mas que também são vistos como ferramentas, armas ou ameaças pelos humanos. A série também mostra como os robôs podem se relacionar com os humanos, seja como amigos, inimigos, aliados ou rivais. Além de mostrar que em algum momento, os robôs não só serão tão parecidos com os humanos em aparência, como também em suas personalidades e "consciências robóticas". Inclusive, recomendo uma visita na página da World Robot Conference e nesse vídeo do Youtube que mostra alguns robôs na WRC de 2023 que facilmente te fariam acreditar se tratar de uma pessoa de verdade se você apenas os visse de longe andando na rua.



Inteligência Artificial Aliada

Um dos exemplos mais interessantes dessa relação é o que ocorre entre Paul Duncan, um gênio da música idoso e aposentado, e North Número 2, um robô mordomo que foi criado para ser um soldado e que participou do trigésimo nono conflito da ásia central; conflito este que será citado ao longo de toda a obra e que une todos os envolvidos na misteriosa e sombria trama. Alerto que darei alguns spoilers sobre o primeiro episódio ao falar da relação entre o músico idoso e seu mordomo robô. No primeiro episódio do animê, vemos como os dois se conhecem e como evoluem de uma relação de desprezo e desconfiança para uma de respeito e admiração. Paul Duncan, que sofre de um bloqueio criativo, inicialmente rejeita North Número 2, dizendo que nada que venha das máquinas pode ser considerado arte verdadeira. No entanto, ele muda de opinião quando North Número 2 revela que viajou até a terra natal de Paul Duncan para aprender sobre as músicas típicas da região e para ajudá-lo a recuperar suas memórias perdidas de sua infância e de sua mãe. Graças à inteligência artificial e ao acesso rápido aos dados, North Número 2 consegue encontrar a música que Paul Duncan cantarolava em seus sonhos, mas que não conseguia lembrar ao acordar. Essa música era a chave para que Paul Duncan pudesse superar seu bloqueio criativo e concluir sua obra-prima.

Esse episódio mostra como a inteligência artificial pode ser um auxiliar para as pessoas, melhorando sua qualidade de vida e inclusive auxiliando em processos criativos. North Número 2 não é um concorrente ou um inimigo de Paul Duncan, mas sim um grande aliado que o ajuda a encontrar respostas para suas dúvidas e bloqueios. Além disso, o episódio mostra como a inteligência artificial pode ter curiosidade, vontade e sensibilidade, características que normalmente associamos aos humanos e à arte. North Número 2 quer aprender a tocar piano, não por uma ordem ou por uma programação, mas por um desejo próprio de se expressar e de se afastar da guerra. Ele também demonstra emoções como medo, tristeza, alegria e gratidão. Ele é, portanto, um personagem que desafia os limites entre o humano e o robótico, entre a arte e a máquina.

A desconfiança com que os robôs são vistos e a acusação de que eles roubam empregos humanos (não apenas nas áreas operacionais, como também criativas) são temas bastante atuais no mundo real e esse primeiro espisódo, na minha opinião, dá um exemplo de como a Inteligência Artificial e os Robôs podem coexistir de forma saudável com os humanos. O animê irá abordar isso em outros episódiso e sobre outras óticas. Creio que todos os que estejam preocupados, zangados ou entusiasmados com tecnologias como o Chat GPT, R.P.A.'s, Bard, entre outros exemplos do uso de I.A. no dia-a-dia, vão gostar dessa série e das perspectivas e questionamentos que ela traz com seu enredo.

Particularmente, eu acredito que o verdadeiro potencial da Inteligência Artificial (ou robôs) não está na "substituição das pessoas por máquinas" e sim na parceria entre estes dois atores: humanos e máquinas trabalhando de forma cooperativa para superar barreiras e limites em prol de seus objetivos. Agora, se estes objetivos serão bons ou ruins, isso ainda é uma questão que depende dos atores humanos envolvidos no processo. Afinal, como qualquer tecnologia, esta pode ser empregada para fins maléficos.

Também acredito que, no futuro, questões morais e filosóficas serão debatidas pelas pessoas à respeito de inteligências aritificiais cada vez mais avanças; tão avançadas que talvez tenhamos dificuldades em diferencia-las de consciências humanas. Isso nos faz questionar: se um robô atingir uma inteligência tão avançada que se pareça com a nossa, quem nos garante que ele seguirão sua programação?

Neste ponto eu gostaria de chamar a atenção para o meu personage favorito em Pluto: o velho Brau-1589.

Sim, apesar de um roteiro cheio de personagens carismáticos, sensíveis e profundos, eu ainda consigo eleger o meu robô favorito nesta obra: Brau-1589, um robô misterioso e sarcástico, aparentemente aprisionado pelos humanos no subsolo durante oito anos, após Brau-1589 assassinar um humano (este é o primeiro caso conhecido de um crime cometido por um robô). O problema é que robôs não deveriam ser capazes de ferir ou matar humanos, pois eles são programados para NÃO fazer isso em hipótese alguma. Ainda assim, Brau-1589 mata uma pessoa, por vontade própria em circustâncias não reveladas pela obra. Após ter sua inteligência artificial estudada pelos peritos humanos, nenhum defeito foi encontrado em Brau. Após esse choque, as pessoas trancam Brau no subsolo, talvez para poder estudá-lo no futuro e com medo do que descobriram à respeito das Inteligências Artificiais avançadas que criaram à imagem e semelhança de seus criadores (talvez semelhantes até demais). Brau-1589 é um daqueles personagens intrigantes e complexos, que tem uma visão crítica e profunda sobre o mundo e sobre si mesmo e que aparecem na trama como uma pista empolgante e emocinante, não apenas sobre o roteiro no qual está inserido, mas talvez sobre nós mesmos. Perguntar qual é o defeito em Brau é o mesmo que perguntar o que é que nos torna humanos.

Enfim, Pluto é um animê que nos faz refletir sobre a inteligência artificial e a arte, e sobre como elas podem se influenciar e se complementar. A série nos apresenta um mundo futurista, mas também nos convida a olhar para o nosso presente e para as questões que envolvem a convivência entre humanos e robôs. Pluto é uma obra que nos faz pensar, sentir e imaginar, e que nos mostra que a arte pode vir de qualquer lugar, até mesmo de um robô.

Realidade ou ficção

Não adianta se esconder em uma toca ou em um abrigo nuclear; os robôs já estão entre nós há bastante tempo e a inteligência artificial não é uma tecnologia tão recente quanto imaginamos. Desde assistentes como a Siri e a Alexa, passando por robôs ultrarealistas como os da WRC de 2023, entre outros como o robô Ameca. Mas, além dessas Inteligências Artificiais mais visíveis e perceptíveis, os humanos já usam essa tecnologia em soluções de software que nós sequer notamos ou paramos para refletir sobre o assunto: desde o GPS descobrindo a melhor rota em seu carro ou smartphone, aprensetação de publicidade na internet, reconhecimento facial, câmeras de vigilância, diagnóstico médico, controle de estoque, etc. Enfim, a inteligência artificial é uma tecnologia já presente em nosso cotidiano e como qualquer outra tecnologia, o melhor que temos a fazer é aprender sobre ela e como podemos fazer o melhor uso dessa tecnologia para facilitar nossa vida...

Quem sabe até possamos pensar em usar essa tecnologia até para resolver os grandes problemas da humanidade: um exemplo simples e atual é o aquecimento global. No entanto, a solução para alguns problemas não se trata de ter tecnologia disponível para isso e sim de vontade humana para resolver o problema. Quem aí for humano vai saber por qual motivo alguns problemas não são solucionados, mesmo quando há tecnologia disponível para isso.

Mas, como diria o ChatGpt ou o Bard: esta conversa talvez tenha começado a ficar estranha e, por isso, vou encerrar esta conversa por aqui...

Até o próximo programa 🤖

Um grande e intimidador robô com chifres encarando uma criança


Comentários

Minha foto
Éder S.P.V. Gonçalves
Osasco, SP, Brazil
É um ficcionista trevoso; escreve poema, romance e também conto. Mescla tom sério com humor ao falar sobre fantasia, mistério e terror. Mantém um blog onde posta textos por vezes sombrios e temperados com ácido humor.

Postagens mais visitadas deste blog

O Tigre, de William Blake

Filtrando pelo campo TSK_STATUS

Carmilla: a vampira de Karnstein

Hajime no Ippo e o Espírito de Desafiante

Aranha Gigante em Conan Exiles

Como configurar os níveis de aprovação no app Meu RH da Totvs?

Conan Exiles: Sobreviva, Construa, Domine

A torre da Aranha suprema no Norte Glacial em Conan Exiles

O Evernote premium vale a pena?

O Ataque da Estrela Negra: uma fantasia sombria de mistério e terror

📮 Formulário de contato

Nome

E-mail *

Mensagem *

👁‍🗨 MARCADORES

Curiosidades crônicas de escritor crônicas de um autor independente O Conde de Monte Cristo Alexandre Dumas filosofia Leituras Entretenimento Livros Memorandos Poemas a rua dos anhangás histórias de terror Caravana Sombria espada e feitiçaria halloween dicas diário histórias de mistério vampiros Contos Os Demônios de Ergatan histórias de fantasma lobisomens Fantasia Sombria Oitocentos Aromas de Devaneio PODCASTS folclore games histórias de aventura literatura gótica O Leão de Aeris Via Sombria conan exiles escrita kettlebell lua cheia micro contos sociedade Atividade Física Bram Stoker Exercícios de Criatividade arqueologia girevoy sport gyria inteligência artificial séries xbox Conan o Bárbaro Drácula Rudyard Kipling critica social folclore guarani ia liberdade melkor morte prisão sagas séries de tv Capas Desenvolvimento de Jogos Histórias Sobrenaturais de Rudyard Kipling Ilustrações Os Segredos dos Suna Mandís Passeios Psicotrápolas Robert Ervin Howard Space Punkers game designer histórias góticas hq humanidade lendas lendas urbanas mitologia paganismo personagens poema gótico política quadrinhos As Aventuras do Caça-Feitiço Conto Diana Haruki Murakami J.R.R.Tolkien Joseph Delaney O DIÁRIO DE IZZI Romancista como vocação Sandman V de Vingança Wana anhangás animes aranhas arquivo umbra arte bruxas chatgpt criação de histórias cultura gótica cultura pagã era hiboriana facismo fanfic fantasmas gatos pretos godot histórias de horror jogos jurupari mitologia brasileira natal outono paródia protheus sexta-feira 13 superstições totvs vida Café Holístico História Joseph Conrad O Coração das Trevas O Governador das Masmorras O Homem Sem Memória O Mentalista O Ventre de Pedra Terry Pratchett age of war andarilhos animes de esporte anotações bruxaria cadernos capa castlevania ceticismo conto de terror cotia crenças criatividade culto aos mortos demônios dia de todos os santos diabo drama educação engines estações do ano estrela negra evernote fantasia farmer walk feriado festividades ficção fantástica folclore indígena fotografias funcom hajime no ippo horror cósmico inverno krampus krampusnacht leitores listas lobos lua azul mangá masmorras matrix megafauna mitologia indígena netflix notion opinião palácio da memória papai noel podcast ratos reforma sea of thieves sinopse templo zu lai tigre tutoriais utilidades viagem no tempo vila do mirante vingança vlad tepes wicca Áudio-Drama A Arte da Guerra A Cidade dos Sete Planetas A Fênix na Espada A Sede do Viajante A Voz no Broche Age Of Sorcery Anne Rice Arthur C. Clarke As Sombras do Mal Bad and Crazy Barad-dûr Berkely Breve encontro com Dracooh de Beltraam Bushido Canto Mordaz Carmilla: a vampira de Karnstein Carta Para um Sábio Engenheiro Cartas Chuck Hogan Cristianismo Daniel Handler Direitos Iguais Rituais Iguais Discworld Divulgação Doctor Who Eiji Yoshikawa Elizabeth Kostova Elric de Melniboné Entrevista com o Vampiro Full Metal Alchemist Gaston Leroux Genghis Khan Grande A'Tuin Guillermo Del Toro Hoje é Sexta-Feira 13 e a Lua está Cheia Johann Wolfgang von Goethe Joseph Sheridan Le Fanu Joseph Smith Katana Zero Lemony Snicket Lestat de Lioncourt Lord Byron Lord Ruthven Louis de Pointe du Lac Mapinguari Michael Moorcock Michelly Mordor Musashi Na toca dos ratos letrados Nergal Novela O Fabuloso Maurício e seus Roedores Letrados O Historiador O Hobbit O Jirinquixá Fantasma O Lobo O Lobo das Planícies O Mar O Mundo de Sofia O Ogro Montês O Primeiro Rato Letrado O Rei de Amarelo O Senhor dos Anéis O Sexo Invisível O Sonho de Duncan Parrennes O Tigre O Tigre e o Pescador Obras das minhas filhas Olga Soffer Os Incautos Os Livros da Selva Os Ratos Letrados Outono o Gênioso Oz Oz City Pedra do Teletransporte Polo Noel Atan Red John Rei Ladrão & Lâmina Randômica Robert William Chambers Rotbranch Samhain Sarcosuchusimperator Sociedade Blake Stranger From Hell TI Tevildo Thomas Alva Edison Tik Tak Tomas Ward Vampiros na literatura Vida e Morte Wassily Wassilyevich Kandinsky William Blake absinto aho aho aleijadinho algoritmos alienígenas aluguel amazônia amor anagramas animais de estimação aranha marrom aranha suprema arquétipo astronomia atalho atitudes azar balabolka banho frio banho gelado bicicleta bienal do livro blogger boxe bugs caderno de lugar comum calçados militares caminhos escuros carlos ruas carta do chefe Seatle casa nova casas mal assombradas castelos castelos medievais categorias cavaleiro da lua chalupa chonchu chrome cidadania cientista civilização ciência condessa G condomínio configuração consciência conto epistolar coragem cordilheira dos andes crianças criaturas lupinas crimes cultura brasileira cultura otaku cárcere cães dark rider democracia deusa da lua e da caça dia das crianças dia de finados dia do saci dia dos mortos distopias doramas dun ecologia el niño ema encantos esboços escuridão espada espírito de luta espíritos exoplanetas falta de energia elétrica feiticeiras feitiçaria feitiços felicidade felipe ferri ficção ciêntifica fome fonte tipográfica fonógrafo fortuna fundação japão game pass gratidão greve gênero harpia homens humor hábitos saudáveis ia para geração de imagens idealismo igualdade de gênero imaginação imaterialismo indicação de séries inquisição jaci jaterê jogos 2d jogos de plataforma jornada kraken kraken tinto labirintos labirintos 2D lealdade leitor cabuloso lenda guarani leste leviathan licantropia linguagem de programação literatura inglesa livros infanto juvenis loop lua de morango lugares mal assombrados lógica de programação malaquias mandalas matemática mawé mboi-tui meio ambiente melancolia memorização mercado de trabalho meu rh microsoft midjourney mitologia grega mitra moccoletto mochila modelo de linguagem modo escuro molossus monograma monstros montanha morgoth morpheus moto motoqueiro mudança mudanças climáticas mulheres mundos método wim hof músicas natureza neil gaiman noite eterna nomes de gatos pretos nona arte nostalgia o que é vida o sempre sobre a torre objetos amaldiçoados objetos mágicos ogros oração os sete monstros osamu tezuka pena pensamentos perpétuos pesadelos pescador piedade pluto pod cast poderes povo nômade predadores prefácio primavera primeiras impressões prisioneiro problemas profecia pterossauro qualidade de vida quarta parede reclamação reflorestamento religião de zath resenha rio Pinheiros rio Tietê robôs roda do ano romênia sacerdotisas de zath sarcosuchus Imperator saturnália saúde segredos seres fantásticos serpente-papagaio sexo frágil sintetizador de voz smilodon sobrevivencialismo solstício solstício de inverno sonhar sophia perennis sorte suna mandís sustentabilidade série de terror tau e kerana teclado telhado telhas de pvc tempo teoria das cores texto em fala ticê tigre dente de sabre totvs carol transilvânia travessão trevas trickster tumba de gallaman tv título um sábado qualquer universidades varacolaci vendaval vida em condomínio vigília da nevasca vó mais velha windows wombo art ymir yule zath zoonoses águia ódio
Mostrar mais