CRÔNICAS DAS TERRAS SELVAGENS

Meus caros habitantes das terras da imaginação, peregrinos nos reinos da fantasia e curiosos dos horrores que espreitam na escuridão. Aqui, onde desvendamos os mistérios da ficção, somos confrontados por uma sombra que se estende sobre a nossa realidade, fria e ameaçadora como a própria Mordor: a temida PL da Devastação . Como sempre, fiquei sabendo sobre esse tema em uma conversa com minha esposa, em casa, enquanto conversávamos sobre um link que ela compartilhou no grupo da família. Parece que a situação é a seguinte: os orcs estão prontos para derrubar as florestas para além de Mordor e, bem, precisamos fazer algo à respeito antes que seja tarde. Assim como a terra sob o olhar de Sauron definhava, consumida pela escuridão e pela ganância, o nosso próprio futuro ambiental se encontra em perigo. Imaginem as florestas, nossos Valinor particulares, sendo engolidas por uma onda de destruição, o canto dos seres vivos silenciando sob o avanço implacável da exploração predatória. Ou melhor,...

Um Sussurro de Luz na Margem do Mundo Ah, o fogo-fátuo. Um mistério dançante na periferia do mundo, um sussurro de luz que flutua onde a terra respira seus segredos mais profundos. Como um escriba que se debruça sobre as sombras e os enigmas, não poderia deixar de registrar algumas divagações sobre essas luzes fantasmagóricas que assombram o folclore ao redor do globo. Bem-vindo de volta a O Estranho Mundo de Éder , onde o sombrio e o curioso se encontram. O Fogo-Fátuo: Entre a Realidade e o Sobrenatural Sabe, em minhas andanças pelos reinos da fantasia sombria, do terror e do gótico, os limites entre a realidade e o sobrenatural se dissolvem como névoa ao amanhecer. E poucos fenômenos encapsulam essa dissolução tão perfeitamente quanto o fogo-fátuo, o ignis fatuus dos antigos. São aquelas luzes azuladas ou esverdeadas que se veem em pântanos, cemitérios e áreas remotas, cintilando no ar ou pairando rente ao chão, como velas de uma procissão silenciosa e invisível. Explicações Fo...

  A Lendária Excalibur Que eu me lembre, a primeira vez que tomei conhecimento sobre a excalibur foi quando, em minha infância, eu assisti ao filme animado " A Espada era a Lei ". Foi nesse filme que houvi pela primeira vez sobre uma espada mágica, encravada em uma pedra de tal forma que ninguém conseguia tirá-la de lá. No entanto, aquele que conseguisse tal proeza, se tornaria rei. Lembro vagamente do filme, mas lembro do encantamento com a ideia de uma espada mágica e de toda a aventura envolvida naquele enredo. Eu sempre gostei de espadas e embora eu esteja me arriscando ao dizer isso: a Excalibur deve ser a espada mais famosa em todo o mundo. Essa famosa espada mágica pertenceu ao rei Arthur, o lendário soberano da Grã-Bretanha que governou com sabedoria e justiça os cavaleiros da Távola Redonda. A origem do nome Excalibur é incerta, mas pode vir do galês Caledfwlch, que significa "quebra-ferro", ou do latim Caliburnus, que significa "lâmina de aço". A...

Saudações espíritos errantes. Fazia um tempo que eu não escrevi sobre esse tema tão deliciosamente recheado de mistério e sombras: o folclore. Acho que inspirado por uma certa nostalgia em um dos maiores animes da minha infância; Yu Yu Hakusho, resolvi escrever hoje sobre as Kitsune; um dos meus Yokais favoritos e também da minha filha mais velha, a Diana, que aliás, faz quinze anos hoje, às 23:45. Acho que esse post também é inspirado por ela, que já me disse que tem a raposa ( 🦊 ) como animal  guia . Isso me faz lembrar de muitas obras que tem as Kistune como elementos centrais, mas hoje vou mencionar apenas algumas dessas obras, pois minha intenção é fazer um registro detalhado da história e anotomia dessas criaturas misteriosas e encantadoras. 🦊 Introdução: Ecos de Pelos e Magia Em noites de névoa e folhas secas, dizem que raposas dançam nas florestas do Japão — e nem sempre em quatro patas. Elas sussurram lendas ao vento, enganam os desavisados e se apaixonam com a mesma fac...

🦇 É fim de tarde de uma sexta-feira amena de outono. O frio ao meu redor é mais resultado do ar-condicionado da empresa onde trabalho do que do clima em si, mas apesar do tempo estar ameno, este outono está tendo alguns dias e muitas noites frias. Eu estou um pouco cansado da correria da semana, mas bem, hoje é dia de treino, então não posso relaxar ainda. Sigo com meus treinos com Kettlebells, apesar de eu não falar deles por aqui há muito tempo. Mas já falei escrevi alguns posts sobre meus treinos e sobre como cheguei ao mundo dos Kettlebells; você pode ler essa história nesse post . Estou sentindo vontade de voltar a falar disso, afinal, é preciso manter o físico em dia para enfrentar as trevas (sejam elas literárias ou não). Inclusive eu tenho dedicado à última semana a resolver a questão do nome de uma velha e longa saga: aquela que diz respeito ao "povo das mandalas errantes" e às "harpias do Bibliomante" entre outras coisas. Provavelmente vou passar a próxim...

O grande tesouro cultural dos ThunderCats 🗡 A espada justiceira é uma das armas mais poderosas e místicas do universo dos ThunderCats, uma raça de felinos humanoides que vivem no Terceiro Mundo. A espada possui o Olho de Thundera, uma joia que contém a essência e o poder de todos os ThunderCats. A espada é capaz de cortar quase qualquer material, projetar raios de energia, ampliar a visão do usuário, comunicar-se telepaticamente e responder a comandos verbais. A espada justiceira foi criada há milhares de anos pelos antigos ThunderCats, que usaram o Olho de Thundera como fonte de energia para sua civilização. A espada foi confiada ao guardião Jaga, que a passou para o jovem príncipe Lion-O, o herdeiro do trono de Thundera. Lion-O usou a espada para liderar os ThunderCats sobreviventes após a destruição de seu planeta natal pelos mutantes de Plun-Darr, que cobiçavam o Olho de Thundera. Lion-O e seus amigos enfrentaram muitos inimigos, como o feiticeiro maligno Mumm-Ra, que também q...

Caos Diário: as crônicas de um escritor independente Saudações espíritos errantes, que por ventura estejam perambulando por estas terras ermas. Volto com mais uma página do meu Caos Diário. Hoje é uma terça-feira de clima ameno, com promessa de uma trégua no frio que tem nos rondado por estas bandas desde o final de semana. Comecei esse texto na última noite, mas só consegui finalizá-lo agora, enquanto sigo para o trabalho. Combatendo o Bloqueio de Escrita e a Falta de Tempo Eu tenho tido alguma dificuldade para me focar na escrita nos últimos tempos: muito trabalho e compromissos e preocupações da vida adulta tem roubado tempo, tranquilidade e disposição. Estou me reorganizando para superar essa fase de bloqueio. Parte desse processo de reorganização tem se baseado em organizar meu “caderno digital” no Notion (que neste momento está se parecendo mais com uma masmorra misteriosa e insondável até para mim, que não consigo me achar mais nela, de tanta coisa que acumlei de forma aleatória...

A Lâmina que Quebrou as Correntes do Gênero e Sangrou a Hipocrisia de um Império Saudações, caros espíritos que, vez ou outra, dão uma passada por esta montanha erma do meu Estranho Mundo. Estou aqui hoje, pois sinto a necessidade de despejar palavras sobre algo que, para o bem ou para o mal, despontou no reino digital do Streaming: o novo filme Rosa de Versalhes na Netflix. Para muitos, um retorno nostálgico; para mim, uma oportunidade de espiar novamente para dentro de um barril de pólvora disfarçado de uma festa de máscaras em uma Ópera francesa. Mas não nos enganemos. Rosa de Versalhes , seja no mangá (que a genial Riyoko Ikeda deu à luz entre 1972 e 1973), no icônico anime que o seguiu, ou nesta nova encarnação cinematográfica, é muito mais do que laceiras, perucas e dramas de alcova real. É um soco no estômago, um estudo da opulência contra a miséria, do indivíduo contra o peso esmagador do sistema, e, crucialmente, uma demolição da mais persistente e ridícula das prisões: aquel...