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A torre erguia-se como gelo ao encontro das estrelas. À luz do sol, reluzia de maneira tão estonteante que poucos agüentavam olhar para ela, e os homens diziam que era feita de prata. Era redonda, um cilindro delgado e perfeito, com quarenta e cinco metros de altura, e sua borda incrustada com enormes pedras preciosas brilhava à luz das estrelas. A Torre se erguia entre as exóticas árvores ondulantes de um jardim cultivado bem acima do nível geral da cidade. Um muro alto circundava esse jardim, e fora dos muros havia um nível inferior, também cercado por um muro. Nenhuma luz ardia na Torre; parecia que ela não tinha janelas, ao menos não acima da altura no muro interno. Bem mais acima, somente as pedras preciosas reluziam geladas à luz das estrelas. — Robert E. Howard
Em tempos antigos e esquecidos, quando as sombras se estendiam longas e sinistras sobre as terras de Zamora, havia uma torre que se erguia solitária contra o céu crepuscular. Era conhecida como a Torre do Elefante, e seu nome era sussurrado com temor e cobiça nas tavernas e mercados de Zamora. O conto que vou narrar é um eco desses tempos sombrios, uma história de audácia e enigmas, de riquezas incalculáveis e perigos inomináveis. É a história de Conan, o Cimério, e sua jornada à Torre do Elefante.
Conan, um guerreiro de temperamento selvagem e olhar tempestuoso, veio das geladas terras da Ciméria para se aventurar nas terras Hiborianas. Sua vida foi uma tapeçaria tecida com fios de aventuras: ladrão, mercenário, pirata e, por fim, rei do maior império das terras Hiborianas, a Aquilônia. Mas antes de sua ascensão ao trono, ele era um jovem aventureiro, cujo nome ainda não havia sido gravado nas crônicas da história.
A história que conto agora, "A Torre do Elefante", é uma das muitas lendas que cercam este homem lendário. Publicada originalmente na revista Weird Tales em março de 1933, sob o título original "The Tower of the Elephant", esta narrativa foi escrita pelo grande bardo Robert E. Howard, cuja pena capturou a essência da fantasia sombria e do mistério.
Naquela noite fatídica em Zamora, Conan ouviu falar da Torre do Elefante pela primeira vez, uma estrutura imponente guardada por magias arcanas e criaturas terríveis. Dizia-se que no topo da torre, jazia um tesouro além da compreensão mortal, protegido por Yara; um terrível e poderoso feiticeiro. Mas o que chamou a atenção de Conan não foi a promessa de ouro ou gemas, mas sim o desafio que a torre representava, e o segredo que ela escondia em seu coração.
Com a astúcia de um ladrão e a coragem de um guerreiro, Conan penetrou na torre. Lá, ele encontrou mais do que meras riquezas. Ele encontrou a verdade sobre o universo, uma verdade tão profunda e perturbadora que abalou sua alma bárbara. Ele viu a criatura conhecida como Yag-kosha, um ser de outro mundo, aprisionado e torturado por Yara. A compaixão, um sentimento raro no coração de um cimério, moveu Conan a ajudar Yag-kosha, resultando em uma reviravolta que selou o destino de Yara e da própria torre.
A história de Conan na Torre do Elefante é um aviso para aqueles que buscam fortuna e glória nas terras de Zamora. As riquezas podem ser encontradas, sim, mas a que custo? Que segredos obscuros e terríveis perigos aguardam aqueles que ousam desafiar o desconhecido?
Conan, o bárbaro, tornou-se uma lenda, inspirando inúmeras obras, de quadrinhos a filmes e jogos. Como jogador esporádico de Conan Exiles, um jogo de sobrevivência online ambientado na era Hiboriana, vejo muitos homenagearem o conto da Torre do Elefante, construindo torres majestosas coroadas por um troféu de elefante no topo. Essas homenagens são um testemunho do impacto duradouro da história de Howard e do personagem icônico de Conan.
Assim, enquanto vocês, aventureiros e aventureiras, contemplam as terras de Zamora com olhos cintilantes de ambição, lembrem-se da Torre do Elefante. Lembrem-se de Conan. E lembrem-se de que, embora as riquezas chamem, os perigos espreitam em cada sombra e em cada canto não mapeado do mundo. Que a história de Conan seja tanto um mapa quanto um aviso: aventurem-se com coragem, mas nunca sem cautela.
Que os deuses antigos guiem seus passos, e que vocês encontrem o que procuram, seja riqueza, glória ou apenas a próxima história para contar ao redor da fogueira.