Poema Caminhos Escuros
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Eu escrevi esse poema para inserir uma canção no segundo episódio do quadro Arquivo Umbra: Quotiadiano Sombrio, do podcast Caravana Sombria (quadro esse cujas histórias estão inseridas no universo do conto "Via Sombria: A Colina dos Pesadelos Ancestrais" e que é a nova versão do conto A Rua dos Anhangás).
Imagino alguém correndo de moto pelo asfalto, nas ruas sombrias e estreitas desse bairro tão peculiar e um tanto tenebroso que serve de palco para as histórias relatados no conto e nos relatos que o podcast faz. Por algum motivo eu sempre gostei de personagens que andam de moto à noite e acho estranho eu ainda não ter criado um protagonista que seja um motoqueiro ou motoqueira para minhas histórias. Talvez eu providencie isso em algum momento... Quem sabe? As ideias são muitas e o tempo, escaso...
Neste momento estou trabalhando na repaginação desse conto e espero terminar sua reformulação até o Halloween desse ano (que já se aproxima assustadoramente rápido).
Caminhos Escuros
Correndo na noite
Por uma estrada sinistra
Vejo o vulto de um anjo
Me deixando sem saída
De asas negras
E feições pálidas
Empunha uma foice
Bela e prateada
Cantando uma melodia
Fria e sedutora
Sempre a me perseguir
Corro pelo asfalto
Tento despistá-la
Por becos e escadarias
Dobrando cada esquina
Caminhos escuros
Estreitos e sem fim
Vou correndo
Gritando por ajuda
Mas sempre me pego
Abrindo os braços
E me jogando
Nas asas de um anjo
Que me chama
Para o outro lado
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