🔨🏡🔨
"A mutação... A inconstância de todas as coisas entre a areia e o céu... És uma certeza, umas das quatro sobre as quais sustenta-se o nosso mundo..."
— Éder S.P.V. Gonçalves (O Homem sem Memória: o Ventre de Pedra)
Já estamos em Agosto e esse Blog não viu nenhuma atualização durante todo o mês de Julho. Há um motivo para isso; um bom motivo.
Eu fiz uma grande mudança durante o mês de Julho; uma mudança de endereço que envolveu reforma, carreto, dias acordando cedo e dormindo tarde e todo tipo de desconforto e transtorno típicos de um desafio desse tipo.Faz bastante tempo que minha esposa e eu estamos planejando nossa mudança do pequeno apartamento onde morávamos no Santa Maria em Osasco para uma casa. É importante frisar que nossa filha e nossa sobrinha concordaram com esse projeto e como todos estávamos de acordo, nós quatro nos empenhamos para concretizar esse trabalho hercúleo; nos empenhamos como John Wick se empenharia para eliminar um alvo: com foco, compromisso e determinação.
Os motivos para desejar essa mudança foram muitos e não é preciso elencar todos aqui, mas eu quero aproveitar a oportunidade para elencar ao menos alguns desses motivos enquanto reflito em retrospectiva sobre o assunto.
Preferência
Morar em apartamento é uma necessidade para alguns e uma preferência para outros. No que me diz respeito, morar em apartamento foi uma necessidade na minha vida e não mais que isso. Nunca gostei de apartamentos e da ideia de morar em um prédio. Por muito tempo o apartamento me foi útil, mas nunca agradável. Acredito que mesmo desconsiderando os demais motivos dessa lista e pensando de forma simplista (com base unicamente no meu gosto pessoal), eu ainda preferiria morar em uma casa do que em um apartamento. E se por um acaso eu tivesse que escolher entre uma casa em um condomínio e uma casa fora de condomínio, eu preferiria uma casa fora de condomínio. Gosto da minha liberdade e individualidade; e morar em um prédio ou mesmo em uma casa em condomínio tira um pouco dessa liberdade e individualidade.
Aluguel Eterno
Outro aspecto que sempre pesou na minha aversão à ideia de morar em apartamentos foi o valor mensal do condomínio. O motivo da minha aversão em pagar mensalmente um valor de condomínio é bem simples: na minha infância eu acompanhei de perto a luta dos meus pais para conseguir a casa própria e eu sempre ouvia deles que não valia a pena pagar aluguel se pudessemos investir na nossa própria casa. Claro que após conseguir a casa própria, ainda se paga o IPTU para o município e isso é como se fosse o valor de um "condomínio" municípal para que a prefeitura mantenha a infraestrutura urbana. Mas é um valor pequeno se comparado com o valor de um aluguel.
Devido a esse meu histórico, sempre me pareceu estranho pensar que após conseguir sua "casa própria" na forma de um apartamento nós não nos livramos do aluguel, visto que somos obrigados a pagar eternamente um valor de condomínio (além do IPTU; que não deixamos de pagar).
Claro que o valor do condomínio é necessário e obrigatório para se manter a infraestrutura do residencial (seja de prédios ou casas). Sei bem disso, pois participei ativamente da administração do condomínio onde vivi nos últimos treze anos (como morador participativo nas assembléias, como conselheiro, como subsíndico e até mesmo como síndico por uns 6 meses).
Mas, apesar de eu saber que o valor do condomínio é necessário para se manter essa infraestrutura, eu sei também que em teoria as pessoas deveriam receber tudo o que tem na infraestrutura de um condomínio em sua própria cidade (laser, conforto, segurança, etc). Neste aspecto, as pessoas buscam nos condomínios aquilo que as cidades não conseguem oferecer (mas que deveriam, visto que o IPTU é pago para isso, sem falar em outros impostos). O bizarro é que as pessoas acabam pagando duas vezes pela mesma coisa, acreditando que ao pagar pela segunda vez vão obter o que desejam... Mas aí é que a coisa fica estranha: os moradores nunca estão satisfeitos com o que o condomínio oferece, alguns brigam para obter o que acham que devem receber enquanto outros optam por não se manifestar. No final, o condomínio se torna uma mini-cidade dentro de uma grande cidade, com os mesmos problemas e sintomas, dificuldades de infraestrutura, desigualdade social e discórdia generalisada. E as pessoas pagam por isso tudo duas vezes: no IPTU e no valor do condomínio que mensalmente lhes é cobrado.
Friso novamente que sim, as pessoas devem pagar o valor do condomínio para manter a infraestutura dos prédios e demais estruturas dos residenciais em que moram (como por exemplo: piscinas, quadras, salão de festa, funcionários, etc). Justamente por terem a obrigação de pagar por isso, estão em seu direito de brigar pelo que desejam de melhor para suas vidas e de seus filhos. Mas não deveria ser assim também com o IPTU do município em que moram? Não seria melhor brigar para que a cidade funcione melhor? Para que a cidade seja mais segura? Para que a cidade tenha mais laser, mais conforto e etc? Afinal, as cidades são o primeiro modelo de condomínio que as pessoas inventaram a bastante tempo para poderem viver com mais conforto.
Eu não vejo sentido em condomínios por causa disso: são iscas para as pessoas pagarem para obter algo pelo que já estão pagando, sem a real garantia de que vão obter isso (raramente obtém, vide os vários exemplos de condomínios falidos, mal administrados e com moradores insatisfeitos).
Se no final das contas, tudo o que você quer é um teto sobre sua cabeça, é melhor pensar duas vezes antes de acreditar na ilusão do conforto e "luxo" que os condomínios oferecem. Mas, verdade seja dita: a maioria das pessoas que optam por morar em condomínios o fazem não por escolha, mas simplesmente por que as casas "comuns" são ainda mais caras do que essas pequenas casinhas empilhadas umas sobre as outras.
Liberdade
Também nunca gostei da ideia de perder boa parte da liberdade que temos ao morar em uma casa; não falo de liberdade para fazer bagunça e nem nada do tipo, afinal eu não sou uma pessoa festeira e que socializa com frequência, pelo contrário: sou uma pessoa caseira e introspectiva, do tipo que gosta da solidão para conversar com a própria mente e que se sente desconfortável na presença de pessoas estranhas ao meu convívio.
Sendo assim, não falo da liberdade de fazer barulho a qualquer hora ou ouvir música em um volume ensurdecedor. Aliás, mesmo fora de um condomínio existem regras e o barulho excessivo e incômodo é previsto por essas regras (que também chamamos de leis). Neste quesito, a diferença entre condomínios e as regras municipais é que nos condomínios é mais rápido fazer com que essas regras sejam cumpridas (mas nem por isso as dores de cabeça e os desconfortos são menores). No apartamento onde eu morava eu precisava conviver com a música alta das casas do outro lado da rua (ou seja, não adiantava eu reclamar sobre esse barulho dentro do meu condomínio), das empresas ruídosas nessa mesma rua (com seus caminhões e caçambas de entulho) e também com o ruído constante de uma rodovia próxima (o famigerado Rodoanel metropolitano de São Paulo). Além disso tudo, também havia os ruídos do próprio condomínio (salão de festa, playground, etc). Sem contar que a maioria dos condomínios possuí janelas muito próximas e em geral as construtoras não elaboram um isolamento acústico adequado (isso quando há um projeto visando o isolamento acústico).
Ou seja, quem opta por morar em condomínio em busca de silêncio, paz e tranquilidade deve considerar não apenas o condomínio, mas todo o bairro em volta do mesmo e, neste sentido, não vejo diferença entre buscar uma casa de bairro "comum" em busca de paz, tranquilidade e sossego, visto que esses atributos também vão depender do bairro em volta.
Claro que os bairros propícios à paz, tranquilidade e sossego vão ser mais caros (independentemente de você estar buscando por um apartamento ou por uma casa de bairro).
Mas eu divaguei um pouco...
Falavamos de liberdade ou melhor, da falta de liberdade que sinto em apartamentos. Mas de que liberdade eu estou falando? Bom, de várias: desde poder abrir a cortina da sala sem se preocupar se o vizinho de janela vai ficar olhando para dentro da sua casa como também de poder fazer uma reforma ou alterar a aparência do seu lar sem precisar de uma Assembléia para aprovar as mudanças. É claro que a prefeitura também pode impedir certas mudanças em uma casa de bairro (nos municípios que são mais rigidos quanto a isso), mas em geral as exigências são mais ligadas à questão da segurança do imóvel do que propriamente à sua aparência. Por exemplo: não é permitido transformar um sobrado em um prédiozinho de dez andares simplesmente porque ele não foi projetado para suportar esse peso e consequentemente irá cair se algo assim for feito. Eu estou exagerando na quantidade de andares do exemplo, mas já houveram casos de casas mau projetadas que caíram devido à reformas irregulares desse tipo. Neste sentido é importante que a prefeitura fiscalize e estabelece sim regras para reformas mesmo em casas de bairro. Mas ainda assim a liberdade para as intervenções são bem maiores em casas de bairro, mesmo nestes municípios que possuem regras quanto à aparência das casas.
Em um apartamento você não pode sequer trocar a cor da sua porta de acesso sem uma assembleia caso as regras aprovadas na implantação do condomínio proíbam isso. Em um apartamento quase tudo precisa ser comunicado ao condomínio: desde trocar o piso do apartamento, mudar as janelas, entre outras coisas. Todas essas pequenas intervenções são mudanças sujeitas à opinião, apreciação e aprovação de um coletivo de pessoas e caso você não dê a sorte de morar em um condomínio com um grupo numeroso de pessoas inteligentes e bem intensionadas, vai ter dificuldades e dores de cabeça ao longo de sua vivência neste lar "compartilhado" que eu poderia chamar de "formigueiro humano" se isso não fosse uma ofensa à bem estruturada sociedade das formigas.
Espaço
Outro aspecto a considerar (no meu ponto de vista) é que para a maioria da população, morar em um apartamento significa morar em um lugar com "pouco espaço". Isso porque apartamentos grandes são caros, muitos caros. Na verdade, apartamentos pequenos também podem ser caros, mas os grandes estão em um nível diferente.
Claro que "pouco espaço" e "muito espaço" são medidas subjetivas e completamente relativas. Um apartamento de 44 metros quadrados pode ser um palácio para uma pessoa solteira enquanto que pode ser tambérm uma pokebola apertada para uma família com 4 pessoas.
Mas, para uma família com 4 pessoas que sejam adeptos de um estilo de vida minimalista (que possuem pouquissima mobilia e pertences em geral) e que quase não ficam em casa, um apartamento de 44 metros quadrados pode ter bastante espaço. Ao mesmo tempo que esse mesmo apartamento pode ser muito apertado para uma pessoa solteira que seja consumista e/ou acumuladora. Estou citando dois exemplos extremos para explicar o porque considero essa uma medida subjetiva.
No meu caso particular (de uma família com 4 indivíduos), um apartamento com 44 metros é impraticável, pois não temos um estilo minimalista de vida e embora não sejamos consumistas, somos muito apegados a algumas coisas que tomam espaço com o passar do tempo (livros, plantas, brinquedos e por aí vai).
Ainda posso acrescentar que no quesito espaço eu (como indivíduo) sou uma pessoa "espaçosa". Mas com "pessoa espaçosa" eu quero dizer que sou alguém que não gosta de estar em lugares apertados, com pouco espaço para me mover ou que não me permita realizar alguma atividade (seja escrever em paz, fazer exercícios, organizar minha bagunça, etc).
Na verdade, enquanto escrevo esse texto, percebo que eu funciono de forma parecida com um HD de computador: preciso de espaço livre no disco para poder realizar as minhas tarefas. Quanto mais complexas forem essas tarefas, mais espaço livre eu preciso para me organizar e agir. No pequeno apartamento em que eu morava, eu já me senti desanimado de começar a treinar várias vezes por não ter espaço suficiente para isso (às vezes era difícil até mesmo levar os pesos para fora do apartamento). Quantas vezes deixei de selecionar alguns livros escondidos no fundo da estante simplesmente porque não havia espaço o suficiente para colocar os livros que estavam na frente, me impedindo de visualizar os títulos que eu queria encontrar. Um hábito que perdi nos últimos anos foi o de revisar meus antigos desenhos e anotações escritas, simplesmente porque estavam "guardadas" em um canto do apartamento de dificil acesso para economizar espaço. Em suma, eu estava vivendo como um HD com boa parte do seu banco de dados compactado (como se eu tivesse usado o WinZip para armazenar as coisas que não são de uso diário).
Deixando a alegoria tecnológica de lado, eu posso resumir que apesar do espaço em um apartamento poder ser melhor aproveitado, eu sinceramente não me sinto confortável enfurnado em algo que me faça sentir como um pokemon em uma pokebola, por mais organizada e otimizada que esta pokebola esteja. Isso é uma preferência pessoal minha e que pode estar ligada à minha infância e juventude morando em casas. Apesar disso, após 13 anos morando em um apartamento eu não consegui me adaptar à falta de espaço necessária para fazer meus exercícios, organizar uma mesa de trabalho apenas para as minhas coisas (textos, desenhos e leitura), e ter um espaço adequado para os meus momentos de invencionice maluca (lembro quando a minha filha e eu reservamos um mês de férias para criar um diário de GravityFalls para ela, um cavalo de pau e outras peças de artesanato: fizemos tudo isso no apartamento, mas precisamos interditar todo o quarto dela para isso).
Família cresceu
Outro aspecto que nos levou (minha esposa e eu) a considerar a mudança para uma casa foi que a nossa família cresceu, tanto em quantidade (quando minha sobrinha passou a morar conosco) como em comprimento (no que diz respeito às crianças que estão ficando cada vez mais altas). Enquanto isso o apartamento se manteve com os mesmos 43,44 metros quadrados.Apartamento encolheu
Aliás, no que diz respeito ao apartamento, acredito que o mais correto seria dizer que ele encolheu, pois apesar dos seus 43,44 metros quadrados imutáveis, os mesmos foram sendo cada vez mais ocupados por novos móveis, objetos, decoração e coisas que as pessoas acabam acumulando com o tempo e conforme suas necessidades se diversificam (as crianças precisavam de uma mesa para estudar, de uma bicicleta maior, e de uma beliche, eu comprei alguns Kettlebells novos com o tempo e novos livros brotam magicamente em nossa estante com uma frequência assustadora, o sofá precisou ser trocado por outro maior, etc, etc). Desse modo, o pequeno "espaço" que tinhamos foi ficando cada vez menor. A nossa filha que o diga: ela chegou a usar o pequeno corredor do apartamento (para não dizer minúsculo) para brincar com seu triciclo e até mesmo com seu skate... Hoje esse corredorzinho mal comporta sua bicicleta.
Lazer
Claro que o apartamento está em um condomínio e podemos nos perguntar "mas esse condomínio não tem lugar para guardar bicicletas e para fazer exercício e outras opções de lazer?" e irei responder que o meu condomínio é um problema à parte nesse aspecto: ele não tinha em seu projeto original esses lugares (bicicletário e academia) e sendo um condomínio pequeno, ele conseguiu apenas "improvisar" um bicicletário (que foi pessimamente projetado) para os seus moradores. E não tem espaço disponível para projetar opções de lazer para os adultos realizarem seus exercícios (o condomínio mal comporta as necessidades das crianças nesse aspecto).
Claro que há alguns lados positivos: quem tem carro, não está muito longe de dois parques muito bons para a pratica de atividades ao ar livre: o Cemucam e o Jequitibá (é possível ver na visualização abaixo uma ponte de madeira no parque Jequitibá). Mas para quem não tem carro, a região fica devendo muito nesse aspecto.
Localização
Eu tenho assistido muitas temporadas de irmãos à obra e vários vídeos no Youtube sobre o tema "Reforma e Mudança de Endereço". E posso dizer que se eu aprendi uma coisa com todo esse material que tenho consumido nos últimos 3 anos é que a casa precisa funcionar para os seus moradores e não o contrário. Isso também é verdade no quesito "localização". Este talvez este seja o principal motivo para termos nos mudado do nosso apartamento para a nossa casa atual (talvez este motivo seja até mais forte do que a minha predileção por casas ao invés de apartamentos e a questão do espaço).
Acontece que o bairro onde meu apartamento se localiza (o Santa Maria, palco de alguns contos que eu escrevi e estou escrevendo) possui uma geografia estranha: é um morro cercado por um córrego e duas rodovias (o Rodoanel e a Raposo Tavares), com ruas estreitas e calçadas inúteis de tão irregulares. Devido à localização, o acesso ao bairro vindo de Osasco só é possível por duas ruas localizadas em pontos opostos, que acabam se tornando os dois gargalos do trânsito de veículos que corre por ali.
Além dessas características, não há opções de lazer no bairro. Seu único parque é pequeno e pouco convidativo. Não há ciclovias. Não há faculdades. E para frequentar o comércio local de carro enfrenta-se um problema cada vez mais comum na região metropolitana: não há lugar para estacionar. Este problema se agrava nessa região devido às ruas extremamente estreitas (ruas que, aliás, foram projetadas há 50 ou 60 anos para o tráfego de charretes: eu sei disso porque conheço a região há pelo menos 30 anos e lembro que há 3 décadas o Santa Maria ainda era um reduto de chácaras em que trafegavam charretes e uns poucos automóveis que vez ou outra ficavam atolados em suas estradinhas de terra enlameadas). Antes desse período, há 4 ou 5 décadas, o bairro fazia parte de uma grande fazenda.
Sendo assim, não há muito o que fazer no bairro em termos de lazer e o trânsito ali é bastante complicado. Aliado a isso, ainda há o fato de que minha esposa e eu não trabalhamos na região e por isso temos que nos deslocar todo dia para longe de onde moramos, enfrentando um trânsito turbulento e massante. Por exemplo, eu gastava 1 a 1,5 horas para ir para o trabalho e o mesmo tempo para voltar, totalizando uma média de 3 horas de trânsito todo dia, o que totalizam 15 horas perdidas na semana e 60 horas no mês, um valor assustador, se você considerar que essa quantidade de horas no trânsito é maior que a carga de trabalho semanal mais praticada no Brasil; que são 44 horas semanais. Nossa filha e nossa sobrinha também não estudam no bairro (as escolas sequer são próximas da região).
No final das contas, nossa vida não acontece no Santa Maria a maior parte do tempo e nós só usavamos o apartamento para dormir praticamente.
Com a mudança para o Vila Osasco, nossa família vai ganhar muitas horas por dia a mais (só eu irei ganhar 40 horas por mês com essa mudança), pois estaremos mais próximos do trabalho e da escola (minha filha ficava mais de uma hora no transporte escolar e agora esse tempo caiu para 15 minutos). Além disso, teremos opções de lazer (parques e praças, ciclovias e ciclofaixa) próximo de casa, além de faculdades, Sesc, Estações de Trem, e estaremos próximos ao Centro de Osasco (o coração de Oz City por assim dizer).
Gratidão
Mas poder optar por essa mudança não foi fácil e para dizer a verdade, ela só aconteceu agora porque tivemos a ajuda dos pais da minha esposa. Nós estávamos procurando por uma casa na mesma região em que eles moravam antes de se mudarem para o litoral e nos ofereceram ficar morando na casa de Osasco, já que eles não iriam mais ficar lá.
Se não fosse por essa grande ajuda, talvez não tivessemos como optar por essa mudança agora, ou teríamos que nos individar para conseguir vir para esta região.
Somos muito gratos a eles pela ajuda e pela oportunidade de melhorar nossa qualidade de vida.
Conclusão
Estas foram as principais razões que motivaram essa mudança de endereço e eis o porque o mês de Julho foi dedicado completamente para reforma, fazer as malas e tudo o mais que uma mudança desse tipo exige.
Apesar da minha esposa e eu não termos feito todo o trabalho sozinhos (contratamos uma empresa para realizar algumas reformas na casa: algumas atualizações hidráulicas, a troca de algumas telhas e a instação de alguns DryWalls), nós ainda assim fizemos muita coisa: pintura, carregar entulho, trocar torneiras, chuveiro, instalação do gás, carregar móveis, pequenos reparos e ajustes, fazer as malas, a mudança em si, desfazer as malas, realocar móveis, retocar o rejunte de alguns pisos, etc, etc, etc...
Quando eu vi, o mês de Julho já tinha acabado e nós ainda não haviamos terminado toda a arrumação da casa, alias, ainda não terminamos (vamos levar alguns finais de semana nesse processo). Mas conseguimos nos mudar antes do fim das nossas férias e, neste aspecto posso dizer que a missão foi um grande sucesso.
Em outro momento (talvez) eu retorne a este assunto para falar sobre outras curiosidades (sobre a reforma e a mudança em si) e até sobre os aspectos negativos de morar em uma casa de bairro (ao invés de em um condomínio), pois todo moeda tem dois lados e também há vantagens em se morar em um condomínio (não que isto mude a minha preferência entre uma opção e outra).