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Ultimamente tem sido difícil manter o blog atualizado. O que é bom, porque geralmente isso quer dizer que eu estou trabalhando em meus projetos a todo o vapor... 🏍
Por isso eu estou passando aqui hoje apenas para atualizar o meu diário de escrita criativa e falar um pouco sobre o que ando criando em minhas oficinas sombrias nas profundezas do meu castelo mental.
Entre outras coisas, estou trabalhando na expanção do conto "A Rua dos Anhangás", que irei republicar com outro título por vários motivos: o texto original vai ser integrado aos roteiros dos dois episódios de "Arquivo Umbra: quotidiano sombrio (disponíveis atualmente no meu podcast). Além disso, o conto irá crescer ao receber também novos pequenos contos de forma a se parecer uma coletânea louca e integrada de lendas urbanas de terror folclórico ambientadas em uma paisagem caótica e sombria dos confins de Oz City (mais conhecida como Osasco).
Em um dos meus exercícios de criatividade diária eu recentemente escrevi um micro-conto sobre um beco deserto em cujas paredes foram grafitados monstros terríveis que escondem um segredo.
Agora estou melhorando esse conto e ajustando-o para incluir o segundo filho de Tau e Kerana no roteiro; o Mboi Tu'i, ou Serpente-Papagaio.
A lenda diz que dos sete monstros, este é o que patrulha os pântanos e protege a vida dos anfíbios. Gosta da umidade e das flores. Ele solta gritos poderosos e terríveis que são capazes de ferir os órgãos de quem ouve de longe e de deslocar o coração e o pulmão para fora do corpo das vítimas que o ouvem de perto.
Este ser é considerado o protetor das áreas úmidas e dos animais aquáticos, pois precisa deles para conseguir uma forma física dita superior.
Como eu vou misturar isso com o roteiro do beco sem saída em que há estranhos grafites de monstros bizarros?
Meu processo criativo é assim mesmo: parece um caos, mas existe nesse caos um sentido não racional guiando as palavras e dando o tom que a história precisa para ver a luz do dia.Essa história, por exemplo, tem um tom de fim de tarde e inicio de noite em um futuro distópico não muito distante. Combinando perfeitamente com este tom eu imagino o cenário; um grande subúrbio cheio de construções velhas e abandonadas.
Quase vejo um novo título para a coisa toda; digo, para substituir o título "A Rua dos Anhangás".
Absurdos Noturnos de um Labirinto Suburbano talvez seja uma opção... Mas a verdade é que eu ainda não sei qual será o novo título. Enquanto as certezas não me ocorrem, sigo escrevendo, mesmo que por caminhos incertos.