Vampiros em O Conde de Monte Cristo
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"— Puxa, com grande satisfação — disse Albert —, pois os charutos italianos são ainda piores que os produzidos na França pelo monopólio estatal. Quando o senhor for a Paris, retribuirei tudo isso. — Longe de mim recusá-lo; espero ir lá algum dia e, já que o permite, irei bater à sua porta. Vamos, senhores, vamos, não temos tempo a perder; é meio-dia e meia, partamos."
— Alexandre Dumas (O Conde de Monte Cristo)
Dando continuidade ao registro dos Quotes (citações) que estou fazendo de O Conde de Monte Cristo usando a plataforma Wombo para criar imagens usando Inteligência Artificial.
Mas, no caso de hoje, a citação é um pouco diferente. Não separei uma frase eloquente, misteriosa, filosófica ou qualquer coisa do gênero. O que fiz foi destacar uma curiosidade; ao menos o que parece ser uma curiosidade segundo as minhas suspeitas, às quais residem apenas no reino das suposições.
Quem já leu o Conde de Monte Cristo deve se lembrar que na passagem dos personagens de Albert e Franz por Roma, somos apresentados à Condessa G. (a qual é para mim um grande mistério, pois até hoje não entendi o porque do nome da personagem aparece apenas abreviado: já agradeço previamente quem puder me ajudar a esclarecer este mistério). Ocorre que nas conversas entre a Condessa G. e Franz e posteriomente entre ela, Fraz e Albert, o Conde de Monte Cristo é citado algumas vezes, nas quais o mesmo é comparado à figura de um vampiro e, inclusive, é mencionado que O Conde de Monte Cristo faz lembrar — e muito — a figura de um tal Lorde Ruthven (que a Condessa G diz ter conhecido pessoalmente). Bom, acontece que Lord Ruthven é um personagem fictício; que segundo minhas pesquisas, aparece pela primeira vez em 1819, na obra inglesa "The Vampyre", de John William Polidori.Mas pelas minhas suspeitas, Alexandre Dumas não quiz apenas relacionar o personagem de Edmond com os misteriosos vampiros apenas nas aparências, mas também em seus hábitos.
Daí reside a minha suspeita, no que diz respeito à Citação do livro que destaco nesse post; no diálogo entre as personagens, vemos que Albert convida o Conde à sua casa ao que Edmond faz questão de responder que quando visitar Paris, irá bater à porta daquele que o convidou.
Ora, há uma lenda à respeito de Vampiros, segundo à qual estes só podem entrar em uma casa quando os donos da casa permitem a sua entrada, convidando-os ao seu lar. Sendo assim, especulo (em minha imaginação) que com este parágrafo que cito, Alexandre Dumas brincou com a ideia de que Edmond Dantes e comporta como um vampiro que faz de tudo neste momento do enredo para "encantar" Albert a tal ponto que este o convida para sua casa em Paris de livre e espontânea vontade. Em contrapartida, Franz é mais cauteloso em relação ao Conde e, pelo que tudo indica, este não arriscaria um convite àquela figura sombria, misteriosa e excentrica para sua própria casa.
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