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Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa
O Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, comemorado no Brasil em 21 de janeiro, é uma data de grande importância para promover o respeito e a convivência pacífica entre diferentes crenças. Instituída pela Lei nº 11.635, de 2007, em homenagem à Iyalorixá Mãe Gilda, vítima de intolerância religiosa, a data nos lembra da urgência em combater o preconceito e a discriminação que ainda persistem em nossa sociedade.
Aqui no blog eu já falei bastante sobre cultura pagã, sobre o halloween e sobre a origem de diversas crenças que ao longo do tempo foram incorporados aos costumes cristãos, deixando claro que esse processo histórico de absorver a cultura dos povos "vencidos" ao longo da história demonstra essa competição por domínio e poder. Diante disso, achei que seria interessante fazer essa reflexão em torno do perigo sempre presente da intolerância religiosa. Quem nunca foi intolerante ou testemunhou de perto frases e comentários venenosos de algum conhecido ou parente sobre a religião alheia? Ou demonstrou medo diante de práticas religiosas que para você ou alguém próximo a você parecem "maléficas" apenas por serem desconhecidas?
Mas a intolerância religiosa não é um problema novo. Pelo contrário, a intolerância religiosa é um problema muito antigo na história humana. Muitas pessoas já morreram injustamente devido a conflitos baseados em crenças religiosas. Aqui estão alguns exemplos históricos que ilustram a gravidade desse problema:
- A Inquisição Católica: A Inquisição foi um movimento da Igreja Católica, iniciado no século XIII, para combater heresias. Tribunal eclesiástico, a Inquisição perseguiu, torturou e executou milhares de pessoas acusadas de heresia. Muitos eram judeus, muçulmanos e até cristãos que eram considerados desviantes das doutrinas da Igreja. O objetivo era purificar a fé, mas o resultado foi um período de terror e injustiça.
- A Guerra dos Templários: Os Cavaleiros Templários foram uma ordem militar cristã criada no século XII para proteger os peregrinos na Terra Santa. No entanto, a rivalidade religiosa e política levou a conflitos sangrentos entre os templários e outros povos, como os muçulmanos. Em 1307, sob pressão do rei Filipe IV da França, a ordem foi suprimida, e muitos templários foram presos, torturados e executados.
- A Jihad: A Jihad, ou "guerra santa", é um conceito islâmico que tem sido utilizado historicamente para justificar conflitos em nome da defesa e expansão do Islã. Ao longo dos séculos, isso resultou em guerras e invasões que levaram à morte de inúmeros inocentes. É importante destacar que o conceito de jihad é complexo e frequentemente mal interpretado. A jihad interna, ou "luta espiritual", é igualmente significativa no Islã.
Esses exemplos demonstram que a intolerância religiosa não é um problema exclusivo de uma única religião ou período histórico. É uma questão humana e universal, que atravessa culturas e épocas. A celebração do Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa nos convida a refletir sobre esses eventos históricos e a aprender com eles.
A liberdade religiosa é um direito fundamental, garantido pela Constituição Brasileira, que deve ser protegido e respeitado. Promover a tolerância e o diálogo entre diferentes religiões é essencial para construir uma sociedade mais justa e pacífica. Que esta data nos inspire a lutar contra a intolerância e a construir pontes de compreensão e respeito mútuo.