CRÔNICAS DAS TERRAS SELVAGENS

🙈🙉🙊 Hoje eu pretendo concluir a lenda do Rei Macaco, falando sobre a Jornada ao Oeste, um aventura épica do folclore Chinês. Mas, na verdade, essa história não começa com o Rei Macaco, que toma parte nela como mais um dentre vários protagonistas. A jornada ao Oeste gira em torno de um monge, que é o personagem principal dessa aventura. Seu nome é Xuanzang, embora em algumas versões dessa lenda (inclusive uma série live action da Netflix) eu já tenha visto ele ser chamado de Tripitaka. Mas vamos por partes... A Jornada ao Oeste é uma das mais famosas e influentes narrativas da mitologia chinesa. Ela conta a história do monge budista Xuanzang em sua peregrinação para a Índia, com o objetivo de buscar sutras sagrados. Acompanhado por três discípulos incomuns, Xuanzang enfrenta inúmeros desafios em sua jornada, que simboliza a busca pela iluminação e a superação dos obstáculos da vida. O Rei Macaco: um poderoso guardião O personagem mais carismático e poderoso da jornada é Sun Wukong, m...

❄👹☃ Mergulhando nas profundezas do folclore japonês No vasto universo das lendas e mitos, algumas criaturas se destacam por sua beleza e mistério, enquanto outras nos arrepiam com seus poderes sobrenaturais. Entre essas figuras enigmáticas, a Yuki-onna, a mulher das neves, ocupa um lugar especial no imaginário popular japonês. Sua história, repleta de romance, horror e um toque sobrenatural, nos transporta para um mundo de paisagens geladas e encontros improváveis. A Yuki-onna no folclore japonês A Yuki-onna, classificada como um yokai ou youkai – espíritos e monstros do folclore japonês –, é frequentemente descrita como uma mulher de beleza etérea, com pele pálida como a neve e cabelos longos e negros. Suas aparições estão intimamente ligadas a regiões montanhosas e tempestades de inverno, onde ela vaga pelas paisagens geladas em busca de viajantes solitários. As lendas sobre a Yuki-onna são diversas e complexas, variando de região para região. Em algumas narrativas, ela é retratad...

🌴🦇🌴 A crítica literária, em sua época de ouro, relegou o gótico a um canto sombrio da Europa medieval, associando-o a castelos, fantasmas e paisagens nebulosas. A ideia de um gótico tropical, com palmeiras sacudidas por ventos quentes e a exuberância da selva como pano de fundo, era quase inconcebível. No entanto, a literatura brasileira, desde os primórdios, demonstra uma afinidade peculiar com o gênero, moldando-o aos contornos de nossa rica diversidade cultural e geográfica. O romance gótico, em sua essência, explora o medo, o desconhecido e o sobrenatural. Ele nos convida a adentrar em labirintos sombrios da mente humana e a confrontar nossas mais profundas angústias. A América Latina, com sua história marcada por colonização, miscigenação e contrastes sociais, oferece um terreno fértil para a germinação do gótico. No Brasil, essa semente encontrou um solo propício, dando origem a uma literatura rica e complexa, que transcende as fronteiras do gênero e se funde com elementos da ...

👹 Eu sempre fui um fã da cultura japonesa. Acho que me tornei um apreciador da cultura japonesa antes de entender o que é cultura, folclore e etc. E foi graças a cultura japonesa que eu aprendi a importância de valorizar o folclore e que histórias folclóricas são um material muito rico e poderoso para se criar histórias de fantasia. Hoje, vou falar um pouco sobre uma lenda do folclore japonês que já foi menciona em vários animes e sobre a qual eu li recentemente no livro "Clássicos Japoneses Sobrenaturais". Falo da Hyakki Yagyō... E quem sabe essa lenda também não dá novas ideias de como aproveitar o Halloween? Contando novas histórias (ou velhas) e explorar as culturas de outros lugares do mundo. Um passeio espiritual pelo Japão, para desvendar a  Hyakki Yagyō Hoje, dedico meu diário a uma das lendas mais fascinantes e instigantes do folclore japonês: a Hyakki Yagyō , ou a Procissão Noturna dos Cem Demônios. Essa narrativa, repleta de mistério e horror, me acompanha desde q...

📚 Minha família e eu visitamos a bienal no último sábado, dia 14 de setembro. Desde 2016 nós marcamos presença na Bienal do Livro de São Paulo e fiquei contente que este ano o evento voltou para o Pavilhão do Anhembi. A força motriz da nossa empreitada foi minha esposa Lilian, que com sua paciência e ânimo, nos permitiu vencer muitas filas e percorrer todo o evento, embora, infelizmente não conseguimos entrar em todas, pois o evento estava muito cheio e várias das editoras mais badaladas possuíam filas épicas para permitir a entrada dos visitantes (algumas dando duas voltas em torno do estande) e, além disso, filas para o Caixa também eram algo bastante complicado quando se pretende maratonar esse evento em um único dia.   Certamente que pegamos algumas dessas filas (graças à Lilian). E foi graças a ela que eu consegui uma edição da Ilha do Tesouro por um dos selos que eu mais respeito quando se fala de traduções de obras estrangeiras (Jorge Zahar). Também encontramos uma edição m...

  🌵 Hoje é segunda-feira. O dia está chuvoso, um pouco frio, cinzento e bastante semelhante ao que conhecemos aqui no Sudeste nesta época do ano. O inverno está acabando e a primavera vai se avizinhando cada vez mais. Ainda assim, a estação que estamos deixando para trás não foi nada fácil e nem um pouco parecida com o que me lembro dela, da época da minha infância. Parece até que agora, temos várias estações no inverno, assim como no nosso temperamental Outrono. Mas acontece que o inverno é um caro mais duro, mais seco e de poucoas "ideias" para essa espécie chamada Homo Sapiens (que de Sapiens, já sabemos, não tem nada). O inverno, de certo, teve verão, teve inverno frio ao extremo e teve também muita fumaça... O inverno de 2024 foi a estaçao da fumaça; sem dúvida. E é disso que vou falar um pouco. Bom, na verdade, só vou desabafar um pouco e refletir sobre isso, pois isso me ajuda a ser positivo e deixar a ansiedade em dia. O calor enfim deu uma trégua aqui no Sudeste do ...

🎃 A sexta-feira 13 está chegando e, com ela, a aura de mistério que envolve essa data tão emblemática. No imaginário popular, é um dia repleto de superstições e contos que desafiam a razão, um convite aberto à imaginação e às histórias que se entrelaçam com o folclore e as lendas urbanas. Neste post, vamos mergulhar no universo das narrativas que cercam a sexta-feira 13, tecendo conexões com figuras folclóricas e personagens de lendas urbanas que ressoam com a data.   Em terras brasileiras, a sexta-feira 13 é um prato cheio para o despertar de criaturas que habitam as sombras das crenças populares. Diz-se que, nessa data, o Saci-Pererê, com seu gorro vermelho e cachimbo, aproveita para intensificar suas travessuras. Ele, que é um símbolo do folclore nacional, parece encontrar na sexta-feira 13 o cenário perfeito para suas peraltices. Outra figura que ganha destaque é a Cuca, a temida bruxa que, segundo as histórias, sai à procura de crianças desobedientes para levar para sua gruta...

🙈🙉🙊 Eu sei há bastante tempo que o Rei Macaco é uma lenda chinesa muito famosa e que ela serviu de inspiração para a criação de vários personagens da cultura oriental. Aliás, acredito que eu descobri a lenda do Rei Macaco por causa de um dos personagens mais icônicos inspirados por essa lenda: o Goku de Dragon Ball. Mas eu só vim a conhecer melhor a história do Rei Macaco e sua extraordinária lenda com o filme de 2015, intitulado "A Lenda do Rei Macaco: A volta do herói" e cuja ficha técnica você pode conferir no site do filmow . O filme despertou minha curiosidade e então eu comecei a ler sobre a história desse personagem em blogs, artigos e buscar outras adaptações da lenda, como outros filmes e séries. Então hoje vamos falar um pouco sobre essa extraordinária lenda chinesa. Introdução O Rei Macaco, ou Sun Wukong, é uma das figuras mais emblemáticas da mitologia chinesa. Nascido de uma pedra mágica na Montanha das Flores e dos Frutos, esse macaco travesso e poderoso conq...

🎃 Que tal tornarmos o Halloween ainda mais arrepiante e culturalmente rico este ano? Adicionando as lendas da América do Sul a este dia tão divertidamente sombrio? Dando continuidade ao meu pequeno projeto de divulgação do folclore da América do Sul, hoje vou falar sobre uma entidade que assombra as noites brasileiras, fazendo gelar o coração daqueles que, por um motivo ou outro, são levados a estar em lugares ermos na calada da noite... Quem nunca passou por isso? Desde ir até o quintal nos fundos da casa, até atravessar uma rua deserta ou um beco escuro.   Particularmente, eu andei bastante por lugares ermos na calada da noite: na rua, em becos e até mesmo na mata. Fosse voltando do trabalho, da faculdade ou da obra em que eu trabalhava com meu pai na juventude: naquela época eu tive várias experiências assustadoras ao voltar para casa atravessando um bom trecho de mata, pois algumas vezes voltámos para casa bem tarde da noite e até mesmo de madrugada, após um dia exaustivo de t...