O Pombero: O Senhor da Noite

O Sussurro da Mata que Congela a Alma: Conheça o Pombero

Ah, meus caros leitores e almas curiosas, preparem-se para adentrar as sombras da América do Sul, onde a linha tênue entre o visível e o invisível se desfaz sob o manto da noite. Esqueçam por um momento os dragões, os bruxos e os vampiros europeus que tanto amamos. Hoje, voltaremos nossos olhos famintos para o coração da mitologia Guarani, um panteão tão rico e perturbador quanto qualquer grimório antigo. E no centro desse torvelinho de lendas, emerge uma figura enigmática, um ser de contrastes que personifica a própria essência da floresta: o Pombero, um dos mais enigmáticos Tricksteres sulamericanos.

Para os desavisados, ele pode parecer apenas mais um conto de fadas, um bicho-papão para acalmar crianças birrentas. Tolice! O Pombero é muito mais do que isso; ele é um eco primordial, uma linguagem da própria natureza, um poder que se manifesta nas brumas da madrugada e nos sussurros do vento. Ele é o senhor da noite, o guardião travesso, o arauto da fortuna ou da desgraça, dependendo de como você ousa tratá-lo. E acreditem, ele não é um ser com quem se brinca.

PS.: Como as tribos ancestrais da América do Sul não possuem "língua escrita" e como os colonizadores fizeram um enorme esforço para apagar a cultura original destes povos, é difícil encontrar uma compilação precisa sobre essas lendas. Neste caso, esse e os outros posts aqui do blog sobre o folclore da América do Sul; sobretudo dos povos que ocupam e ocuparam partes do que é conhecido hoje como território brasileiro, são baseados em minhas pesquisas em fontes diversas na internet: desde a wikipédia, até sites de museus, trabalhos de antropologia e blogs especializados no assunto. Isso torna o resultado da pesquisa naturalmente pouco preciso quando comparamos com as compilações de mitos e lendas de outras partes do mundo em que registros escritos e achados arqueológicos permitem maior precisão quanto às informações.

Pombero: criatura folclórica do Paraguai, anão peludo e noturno em floresta escura com olhos brilhantes.


A Trama Oculta: Origem e Nomenclatura do Pombero

Este ser de pequena estatura, parte intrínseca da herança cultural do Paraguai, do nordeste da Argentina e do sul do Brasil, não é uma invenção recente. Sua origem está profundamente enraizada na mitologia Guarani, uma civilização que compreendeu os segredos da mata muito antes de qualquer um de nós. O Pombero, esse ser que nunca foi humano, nascido das sombras da natureza selvagem , habita as fronteiras entre o visível e o invisível, e sua presença é tão antiga quanto as árvores retorcidas da floresta.

Criatura mítica Pombero, lenda guarani, figura pequena e sombria com garras longas em ambiente noturno de floresta.

Seu nome, ou melhor, seus nomes, revelam muito sobre a reverência e o temor que inspira:

  • Pombéro ou Pomberito: As formas mais comuns, quase um eufemismo para suavizar o impacto de sua verdadeira natureza.
  • Pyrague ("pés peludos"): Uma descrição crua, que nos remete diretamente a uma de suas características mais marcantes e assustadoras: a capacidade de se mover sem ser ouvido.
  • Karai Pyhare ("senhor da noite"): Este é seu nome original na língua Guarani, e o mais adequado, admitamos. Em algumas regiões da Argentina, ele é conhecido pela tradução em espanhol, "Señor de la noche", um título que ecoa o domínio e a influência desse ser sobre o reino noturno.
  • Kuarahy Jára ("mestre do sol" ou "dono do sol"): Uma contradição aparente para o "senhor da noite", não é? Mas lembrem-se, o folclore é um emaranhado de dualidades. Talvez essa dualidade sugira um poder sobre o dia e a noite, um equilíbrio sombrio que poucos podem compreender.
  • Cho Pombé ("Dom Pombero"): Uma adaptação do termo "Don" em espanhol, que confere a ele um ar de respeito, quase de fidalgo das sombras.

O Vulto na Penumbra: Aparência e Características Físicas

As descrições do Pombero são tão variadas quanto os medos que ele encarna, mas um traço comum persiste: a figura humanoide de pequena estatura. Mas não se enganem, o tamanho não diminui seu terror.

Ser lendário Pombero, folclore sul-americano, figura sombria e esguia com olhos verdes luminosos e sorriso macabro, sobre tronco de árvore.

As características físicas mais comumente atribuídas a ele incluem:

  • Baixo e Feio: Com braços desproporcionalmente curtos e mãos e pés peludos.
  • Pés Peludos: Esses pés não são apenas uma peculiaridade; são seu disfarce, sua arma silenciosa, permitindo que ele se mova sem ser detectado.
  • Pele da Cor do Carvão: Com membros longos, um rosto largo e olhos que brilham intensamente no escuro, como brasas moribundas.
  • Aparências Diversas: Algumas versões o descrevem como um homem alto, magro e peludo, por vezes usando um chapéu de palha enorme e carregando uma mochila no ombro. Outras o retratam como mais baixo, robusto e escuro, com mãos e pés desgrenhados e passos inaudíveis, talvez uma conexão com os aborígenes Guaycuru. Seus pés podem se torcer, uma característica que desorienta qualquer um que tente seguir seus rastros na mata.
  • Boca Grande e Comprida com Dentes Brancos: Olhos planos como os de um sapo, um olhar fixo como o de uma coruja e sobrancelhas longas e peludas – uma combinação que faria qualquer um se arrepender de ter se aventurado na noite.

E, para complicar ainda mais o retrato, há Jasy Jatere, um tipo de Pombero que se desvia drasticamente dessa imagem grotesca. Descrito como um homem pequeno ou uma criança, com cabelos loiros claros e, por vezes, olhos azuis, ele é considerado bonito ou encantador. Ele carrega uma varinha ou cajado mágico, por vezes uma bengala dourada , e pode aparecer nu, o que adiciona uma camada de estranheza à sua já perturbadora presença.

O Arsenal Invisível: Poderes e Habilidades Sobrenaturais

O Pombero não é apenas uma figura folclórica; ele é uma força da natureza, munido de uma gama de poderes sobrenaturais que o tornam formidável e imprevisível.

  • Invisibilidade: Sua principal arma, tornando-o quase impossível de detectar. Ele pode estar ao seu lado, observando, e você jamais saberá.
  • Mimetismo Sonoro: A capacidade de imitar perfeitamente os sons de várias criaturas da floresta, especialmente o canto de pássaros noturnos. Um canto melancólico que você ouve na escuridão pode não ser de um pássaro, mas um aviso.
  • Transformação: Embora não seja universal, Kuarahy Jára, uma de suas manifestações, pode assumir a forma de uma pessoa, uma árvore ou um jacinto. O Saci-Pererê, que é o Jasy Jatere dos índios brasileiros e também um tipo de Pombero, pode materializar-se e desaparecer, manifestando-se até mesmo na forma de pássaros. A capacidade de assumir formas diversas apenas aumenta a paranoia de quem se aventura em seu domínio.
  • Movimento Silencioso: Seus pés peludos, seus passos inaudíveis, a certeza de que ele pode estar se aproximando sem que você perceba.
  • Passagem por Espaços Estreitos: Ele consegue espremer-se e passar por espaços incrivelmente pequenos, como um pássaro minúsculo. Nenhum cadeado, nenhuma porta, nenhuma parede é um obstáculo para ele.
  • Toque Encantador: Um toque de sua mão e a criatura fica enfeitiçada por até dez minutos. Imagine a cena: um caçador na mata, paralisado, enquanto o Pombero se diverte às suas custas.
  • Voz de Fera: A capacidade mágica de falar com qualquer animal. Ele é o confidente das feras, o mestre dos reinos selvagens.
  • Ataque Furtivo: Causa dano extra em ataques quando tem vantagem. Um predador silencioso, que ataca quando menos se espera.
  • Manipulação de Eventos: Ele é culpado por causar maus pensamentos e pesadelos. A mente humana, já frágil, é um playground para suas travessuras. Pode fazer com que as pessoas se percam à noite. Uma simples brisa, um caminho esquecido, e você está à mercê da escuridão.
  • Poder de Fecundação: Uma de suas habilidades mais perturbadoras, frequentemente acusado de engravidar mulheres solteiras com um simples toque de sua mão ou ao enganá-las para fazer sexo. Bebês nascidos feios e peludos são, por vezes, atribuídos a uma visita do Pombero. Uma lenda que serve como um terrível aviso.
  • Poder do Cajado (Jasy Jatere): O poder de Jasy Jatere reside em seu cajado mágico. Se alguém conseguir tirá-lo dele, ele chora como uma criança e pode ser persuadido a revelar tesouros em troca do cajado. Um pequeno vislumbre de fraqueza em uma criatura tão poderosa, uma fresta para a ganância humana.

O Brincalhão: Comportamentos e Natureza Ambivalente

O Pombero é uma figura de contrastes, uma dicotomia ambulante. Ele é tanto um brincalhão quanto um protetor, e, em momentos de ira, uma entidade malevolente. Sua atuação é predominantemente noturna, um ser que se move sob a proteção das estrelas e da lua.

Seus comportamentos típicos são um reflexo de sua natureza dual:

  • Travessuras Insidiosas: Ele se deleita em invadir lugares onde não pertence e roubar objetos interessantes, enchendo seu covil com bugigangas de valor duvidoso. É conhecido por soltar o gado, roubar ovos, galinhas e mel, assustar cavalos e fazer com que derrubem seus cavaleiros, além de espalhar milho, arroz ou outras provisões. A culpa por todo tipo de infortúnio é frequentemente atribuída aos seus pés peludos. Um mero sussurro no vento pode ser a causa de sua ruína.
  • Proteção Feroz da Natureza: Apesar de suas travessuras, o Pombero é um protetor da floresta e dos animais. Ele detesta a matança de animais e a destruição de árvores. Pássaros são particularmente queridos por ele, e ele é visto como um protetor das aves, punindo crianças que as caçam com estilingues. Uma ironia sombria: o brincalhão que aterroriza os humanos é o mesmo que zela pela vida selvagem.
  • Interação com Humanos:
    • Engano e Sedução: Ele é conhecido por ser atrevido com as mulheres. Pode seduzir e até mesmo forçar meninas ingratas a beijá-lo ou ter relações sexuais. Uma lenda que serve como um aviso sombrio sobre os perigos da inocência e da sedução.
    • Punição Brutal: Aqueles que falam mal dele certamente sofrerão consequências desagradáveis. Um simples toque de suas mãos peludas pode deixar uma pessoa atormentada, muda ou com convulsões. Se ele não receber suas oferendas, pode atormentar a pessoa até a loucura. Não o subestimem.
    • Recompensa Inesperada: Se for respeitado e receber oferendas, pode se tornar amigável, protegendo a casa, os animais e os bens, e até mesmo deixando presentes em troca. Uma barganha com o diabo, talvez, mas que pode trazer paz e prosperidade.

As Múltiplas Faces do Pesadelo: Lendas Específicas do Pombero e Figuras Relacionadas

O Pombero não é uma entidade isolada; ele se ramifica em diversas lendas, cada uma com suas peculiaridades e horrores.

  • Jasy Jatere: Uma das figuras mais importantes da mitologia Guarani, Jasy Jatere é o protetor da erva-mate e o senhor da sesta. Ele busca crianças que não estão tirando a sesta, podendo atraí-las com um assobio distinto. Em algumas versões, ele as leva para brincar na floresta, as alimenta com mel e frutas, e as devolve para casa sem memória do ocorrido, com um beijo mágico. Mas não se enganem com essa fachada benevolente. Em contos mais sombrios, ele pode arrancar os olhos das crianças, aprisioná-las até que se tornem selvagens, ou até mesmo devorá-las, servindo como uma figura de "bicho-papão" para garantir a obediência das crianças. Um lembrete brutal para as crianças desobedientes.
  • Kuarahy Jára: Outro Pombero, ele assobia como pássaros e é seu protetor. Embora possa ser um amigo, é conhecido por raptar meninos que estão sozinhos tentando pegar pássaros. Mais um aviso para os caçadores imprudentes.
  • I-Yara: Um espírito maligno Pombero que, segundo uma lenda, raptou Angá, uma bela donzela, e a escondeu nas Cataratas do Iguaçu. Um romance de terror com paisagens deslumbrantes. Aqui, porém, há um ponto que me despertou curiosidade: a fonte onde obtive essa informação é a Wikipédia e me causou estranheza a "bela donzela" ser chamada de Angá, uma vez que no idioma tupi guarani, Angá é uma palavra que significa algo como "espírito", segundo o que já li em outros trabalhos a respeito do termo (li isso em um trabalho antropológico sobre folclore e também em um dos escritos de Camara Cascudo, à cerca da confusão linguística que se faz no Brasil em relação aos termos Anhangá, Angá e Anhang. Talvez haja uma diferença entre Angá e Anga, pois nas fontes em que li sobre isso, a grafia usada era Anga (sem o ascento agudo no último "a").
  • Relação com o Saci-Pererê: O etnoastrônomo Germano Bruno Afonso afirma que o mito do Saci-Pererê é o Jacy Jaterê dos índios brasileiros, significando "fragmento de Lua". Essa lenda foi difundida pelos escravos africanos, ganhando o nome de Saci-Pererê. O Saci, em sua versão indígena, é um índio pequeno, bípede, geralmente invisível, protetor dos animais e da floresta, e seu poder reside em um colar chamado baêta. O Curupira é considerado o "verdadeiro pai do Saci-Pererê". Um emaranhado de lendas que se entrelaçam.
  • Japeusá: Na mitologia Guarani, Japeusá, o terceiro filho de Rupave e Sypave (os humanos originais), era um mentiroso, ladrão e trickster desde o nascimento, sempre agindo de forma inversa para confundir e tirar vantagem das pessoas. Após cometer suicídio por afogamento, ele ressuscitou como um caranguejo, e desde então todos os caranguejos são amaldiçoados a andar para trás. Não exatamente um Pombero, mas um trickster da mesma estirpe sombria.

O Domínio Sombrio: Tribos e Regiões Associadas

O mito do Pombero é amplamente difundido e profundamente enraizado em diversas culturas indígenas e regiões da América do Sul. Ele não é uma criatura de um só lugar, mas um espectro que assombra vastas terras.

  • Paraguai: É uma figura mitológica típica da herança cultural do Paraguai, onde adultos em áreas rurais frequentemente acreditam fervorosamente em sua existência.
  • Brasil: Presente na mitologia da tribo Mbyá, no sul do Brasil. A figura do Saci-Pererê, que tem raízes no Jasy Jatere Guarani, é um exemplo da influência do arquétipo do Pombero no folclore brasileiro.
  • Argentina: Conhecido na província de Misiones e no nordeste da Argentina. Em algumas partes da Argentina, ele é chamado de "Señor de la noche".
  • Bolívia: Embora não explicitamente mencionado como Pombero, a mitologia Chiquitano (Bolívia) inclui o Jichuri, uma criatura pequena e travessa que prega peças em humanos e é vista como uma figura trickster que testa a paciência e sabedoria das pessoas, e o Chuyum, uma criatura que muda de forma e causa travessuras e caos. Essas figuras compartilham traços com o Pombero, mostrando a universalidade desse arquétipo sombrio.

A Lição Velada: Significado Cultural e Social

O Pombero transcende a mera figura folclórica, sendo um elemento complexo e multifacetado que molda a moralidade, o respeito e a relação com o ambiente nas comunidades onde é cultuado. Sua existência serve como um mecanismo cultural para:

  • Reforçar Normas Sociais: As histórias sobre o Pombero, especialmente as mais sombrias de Jasy Jatere, são contadas para incutir obediência nas crianças. Um método eficaz, eu diria, para evitar a desobediência e a preguiça.
  • Promover o Respeito à Natureza: Sua aversão à matança de animais e à destruição de árvores, e seu papel como protetor de pássaros, incentivam o tratamento respeitoso do ambiente natural. Uma forma de manter a floresta intocada, através do medo.
  • Explicar o Inexplicável: Ele é frequentemente culpado por infortúnios e eventos inexplicáveis, como objetos perdidos ou gado solto. Uma explicação conveniente para o caos da vida.
  • Manter a Vigilância: A crença em sua presença noturna e seus assobios serve como um aviso para aqueles que se aventuram sozinhos ou desrespeitam as regras da comunidade. Um guardião sombrio que mantém a ordem através do temor.

O Preço da Paz: Rituais de Apaziguamento e Proteção

Para evitar as travessuras do Pombero e, em alguns casos, ganhar sua amizade e proteção, as pessoas deixam oferendas para ele. Uma barganha com o invisível, um preço a pagar pela paz.

  • Charutos e Rum: São as oferendas mais comuns e específicas. Uma indulgência para o senhor da noite.
  • Mel: Também é uma oferenda aceitável. Um toque de doçura para um ser tão amargo.
  • Ovos e Galinhas: Podem ser deixados como oferendas.
  • Tabaco de Mascar: Uma forma de ganhar sua amizade.

Esses presentes são geralmente deixados perto de sua "casa" (na floresta ou em casas abandonadas) com um pedido para que ele não cause mais danos. Se as oferendas forem mantidas em segredo e diárias, o Pombero pode se tornar amigável, guardando a casa, os animais e os bens, e até mesmo deixando presentes em troca. Uma relação complexa de medo e respeito, de oferenda e recompensa.

Para evitar sua ira, é aconselhável não assobiar depois que ele aparece. E lembrem-se da fraqueza de Jasy Jatere: se alguém conseguir pegar seu cajado mágico, ele chora como uma criança e pode ser persuadido a revelar tesouros em troca do cajado. Mas cuidado, a ganância pode ter seu preço.

A Sombra que Persiste: O Pombero na Cultura Contemporânea

A figura do Pombero continua a ressoar na cultura moderna da América do Sul, um testemunho de sua persistência no imaginário popular. Ele não se restringe apenas às histórias de avós e fogueiras; ele se manifesta em novas formas, assombrando a mídia e a arte.

  • Ele foi objeto de estudo em um programa documental sobre temas paranormais (criptozoologia) do canal Sci-Fi, "Destination Truth", no episódio "El Luisón/El Pombero". Uma prova de que o terror não se limita às fronteiras da ficção.
  • A banda Kchiporros tem um álbum intitulado "Sr. Pombero". A música como um eco das lendas.
  • É mencionado no refrão da canção "María va" de Antonio Tarragó Ros, imortalizada pela voz sombria e poderosa de Mercedes Sosa. A poesia como um portal para o mistério.
  • Um livro intitulado "El Pombero: Una leyenda paraguaya" narra a história de uma família que se muda para o campo e precisa aprender a respeitar o Pombero. Mais uma prova de que certas lições precisam ser aprendidas, ou as consequências serão terríveis.

A Floresta Onde o Medo Ecoa: Conclusão

O Pombero é muito mais do que uma simples lenda; ele é um personagem, uma linguagem, um sistema de crenças, um poder e uma força que media a relação entre humanos e o ambiente. Sua natureza trickster, que combina diabrura e generosidade, proteção e punição, reflete a complexidade da vida e a necessidade de equilíbrio. A persistência de sua crença em áreas rurais da América do Sul demonstra a duradoura influência das mitologias ancestrais na identidade cultural e na compreensão do mundo, conectando visível e invisivelmente ameríndios, afro-americanos e povos tradicionais em geral.

Então, da próxima vez que você se aventurar na mata, ouça com atenção. O sussurro do vento entre as árvores, o canto distante de um pássaro noturno, o farfalhar de folhas no chão… pode não ser apenas a natureza. Pode ser o Pombero, o senhor da noite, observando, esperando. E lembre-se: é sempre bom deixar um bom charuto e um gole de rum por perto. Você nunca sabe quando a sua vida dependerá disso.

Pombero: criatura folclórica do Paraguai e lenda guarani, ser noturno magro e esguio com olhos verdes brilhantes, dentes afiados e garras, em floresta sombria.

Algumas fontes para essa pesquisa

  • Pombero - Wikipedia
  • Pombero | Encyclopedia.com
  • El Pombero by GuilleBot on DeviantArt
  • Pombero | mbaechepa - WordPress.com
  • Guaraní people - Wikipedia
  • Pombero - KPOGL - Wikidot.com
  • Jasy Jatere - Wikipedia
  • abant.org.br - Saci
  • Curupira - Wikipedia
  • El Pombero: Una leyenda paraguaya (Spanish Edition)
  • El Pombero: Una leyenda paraguaya - Magers & Quinn Booksellers
  • Folklore across Latin Countries : r/asklatinamerica - Reddit
  • Guaraní Mythology - lafrankie - WordPress.com
  • Guarani mythology - Wikipedia
  • Chiquitano Mythology | Mythosphere

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