O Traço Vingativo: Travessão (—) na Escrita de Fantasia Sombria
Em um Domínio onde as sombras sussurram e a Fantasia Sombria ganha vida, a precisão das palavras é uma arma. E para nós, cronistas, há um símbolo que constantemente erramos ao digitar: o travessão.
Sim, aquele traço alongado que usamos para dar voz a um espectro, um herói atormentado ou uma divindade ancestral em nossos diálogos – ou para isolar um pensamento (como este).
O leitor de fantasia mergulha na narrativa. Usar o hífen simples (-) onde deveria haver o travessão (—) é um erro sutil, mas que pode quebrar a imersão na hora exata em que o diálogo mais importa.
Um exemplo do uso do travessão segue abaixo:
O telefone tocou, dando um susto em Éder; que estava concentrado em sua leitura do Grimório das Sombras. Ele atendeu o telefone de forma apressada dizendo:
— Alô... Éder falando...
— Eu sei o que você fez no verão passado...
Um outro exemplo possível para o udo do travessão seria:
Éder não demorou para dar uma resposta àquele estranho telefonema:
— Grande coisa. Eu também sei o que fiz e nem por isso fico me gabando — respondeu em tom sarcástico e, em seguida, bateu o telefone na cara de quem quer que fosse.
Bom, geralmente as pessoas usam o hífen ao invés do travessão e o fazem por um motivo muito simples: o teclado não possui uma tecla para o travessão, mas tem para o hífen (também conhecido simplesmente como "traço", apesar de ambos serem um traço).
Segue abaixo a diferença entre o "hífen" e o "travessão":
- hífen: -
- travessão: —
Além desses dois símbolos, ainda há um outro "traço" chamado de meia-risca e cujo tamanho é menor que o travessão e maior que hífen. Abaixo, segue a comparação entre os três e para que servem cada um:
- hífen: -, símbolo usado para ligar palavras compostas, como por exemplo "couve-flor" e "meia-risca";
- meia-risca: –, símbolo usado para definir intervalos de valores em uma série, como por exemplo 1–10 e A–Z;
- travessão: —, símbolo usado para indicar mudança de interlocutor em um diálogo ou para isolar palavras ou frases (como nos exemplos acima).
Bom, mas como usar o meia-risca ou o travessão, sendo que os teclados costumam ter uma tecla própria apenas para o hífen?
Na verdade existe mais de uma maneira. Eu costumava usar o seguinte comando:
Pressionar a tecla ALT Esquerdo e mantendo essa tecla pressionada, digitar o numero 0151 no teclado numérico.
Porém, isso só funciona se você possuir um teclado que possui o teclado numérico, que é aquele pequeno teclado apenas com numeros do lado esquerdo. Agora, se você possui um notebook que não possui o teclado numérico, esse método não funciona.
E é exatamente esse o problema pelo qual eu estava passando, quando troquei de notebook na empresa em que trabalho.
Pesquisando sobre o assunto, descobri uma forma bastante simples de resolver o problema e que, aparentemente funciona em qualquer máquina com sistema operacional Windows (ao menos da versão 10 em diante, pois não tive a oportunidade de testar ainda em versões anteriores).
A forma em questão é usar o seguinte comando:
Pressione a tecla Windows e, mantendo essa tecla pressionada, aperta a tecla "." (ponto).
Com isso irá aparecer uma janela nativa do Windows que permite a inserção de emojis e símbolos no texto.
Esse é um truque bem simples e que eu demorei muito para descobrir na internet lendo sobre o assunto.
Na arte de tecer crônicas sombrias, cada detalhe é uma armadilha ou um portal para a imersão. Seja você um cronista, um romancista de mistério ou um contador de lendas de fantasia, a precisão do travessão não é uma regra gramatical, mas uma ferramenta de ritmo e voz.
Que este pequeno atalho do Windows sirva para aprimorar o impacto de seus diálogos, garantindo que o leitor sinta a pausa, a interrupção brusca ou a voz do personagem exatamente como você a concebeu na escuridão de sua mente.
Que a sua próxima Crônica seja escrita com clareza e poder.
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