Carmilla: a vampira de Karnstein

 

🦇🧛🦇

Uma injustiça com Carmilla

A injustiça é uma das engrenagens do mundo. Por tanto, para mudar o mundo, temos que quebrar suas engrenagens e força-lo a funcionar de um modo diferente. Quebremos mais uma injustiça; a que Drácula cometeu e ainda comete com Carmilla. Consideramos Drácula o precursor dos vampiros modernos. Mas a grande verdade é que, se há um precursor, não é um “ele” e sim um “ela”. Falo de Carmilla: a vampira de Karnstein. Estou ansioso por acrescentar este livro à minha lista de leituras concluídas, mas primeiro tenho que terminar de ler o Drácula (uma leitura que apesar de interessante, é um tanto quanto mais morosa do que eu imaginava).

Por incrível que pareça, conheci essa personagem graças a duas produções com origens lá no oriente: o filme Vampire Hunter D: Bloodlust e CastleVania da netflix. Em ambas as produções há uma versão da Carmilla (assim como do próprio Drácula).

Uma curiosidade a respeito dessa incrível personagem que eu acho legal tem a ver com anagramas (para quem não sabe, eu adoro anagramas):

Todos conhecemos a brincadeira do uso do nome Drácula ao contrário (um anagrama que, neste caso, inverte a ordem de leitura das letras), criando assim o nome Alucard. Acredito que o uso mais famoso desse anagrama e que popularizou essa brincadeira com o anagrama de Drácula é o personagem Alucard do jogo Castlevania: Symphony of the Night. Pois é, mas acontece que antes de Drácula, Carmilla já brincava com essa ideia. No conto há um túmulo importante (um pequeno spoiler) pertencente a uma mulher chamada Condessa Mircalla Karnstein; mas acontece que Mircalla Karnstein é um anagrama para Carmilla Karnstein.

Quem me inspirou de fato a criar vários anagramas do meu próprio nome foi Lord Voldemort e não Drácula ou Carmilla, mas devo admitir que ambos os vampiros foram uma influência neste sentido (inclusive, gosto de criar anagramas com os nomes de alguns personagens em minhas histórias por causa deles).

Mas voltando a Carmilla, essa obra foi criada por Joseph Sheridan Le Fanu como uma novela de ficção gótica. Apesar de ser um conto curto, ele foi publicado em capítulos na revista Dark Blue entre 1871 e 1872 e incorporada na coleção de Le Fanu In a Glass Darkly, publicada em 1872. In a Glass Darkly consiste em uma série de casos misteriosos estudados supostamente por um especialista alemão em ocultismo, Dr. Martin Hesselius.

Talvez o que me inspirou a voltar a falar de Carmilla (eu já havia feito uma breve descrição desse conto em 2019 em um blog que eu mantinha no Tumblr) foram os morcegos que andei vendo recentemente onde moro. Gosto muito de morcegos e de observa-los durante o crepúsculo e até mesmo após a noite já ter caído. Isso me faz lembrar que Osasco (Oz city para os íntimos) é uma cidade famosa no que se refere à vampiros: falo de Os Sete do André Vianco (escritor Osasquense). Foi por causa do André Vianco que resolvi virar escritor. Então, se hoje me dedico à escrever minhas histórias de maneira séria, é por causa dele. Mas isso é outra história, que deixo para outro momento...

🧛 Deixo uma breve sinopse de Carmilla e encerro hoje por aqui. Mas eu volto. 🦇

Sinopse:

“Carmilla” (1872) exerceu papel chave na elaboração de “Drácula” (1897), sendo considerada a obra que forneceu a Bram Stoker a ideia e a inspiração para escrever seu romance. Contribuiu com vários elementos que se tornaram convenções da literatura vampírica e ajudou a cristalizar o caráter erótico associado ao vampiro, tão explorado depois da publicação desta novela. Alicerçada na rica tradição folclórica do leste europeu e nas primeiras produções literárias sobre o tema, “Carmilla” foi uma das novelas góticas mais populares do século XIX e, desde a filmagem, em 1932, de “O vampiro”, de Carl Th. Dreyer, vem sendo objeto frequente de adaptações para o cinema, superada apenas por “Drácula” em número de filmes.



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Éder S.P.V. Gonçalves
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